Ensino
Município garante manutenção do Espanhol na rede
Freepik - Educação pontua importância da língua na região da fronteira
O Núcleo de Gestão de Idiomas da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) divulgou, nesta semana, uma nota pública manifestando preocupação diante da possibilidade de retirada da Língua Espanhola do currículo das escolas municipais de Bagé, especialmente no Ensino Fundamental II. No documento, a instituição destaca que o ensino do idioma não é apenas uma escolha pedagógica, mas uma necessidade histórica, social e geopolítica para uma cidade situada em região de fronteira.
A nota ressalta que a presença do Espanhol promove o plurilinguismo, fortalece a integração regional e amplia oportunidades educacionais, culturais e profissionais para crianças e jovens. A Unipampa também apontou que o idioma favorece o acolhimento de estudantes imigrantes, valoriza a identidade histórica de Bagé e respeita a trajetória dos docentes concursados da área. Desde 2017, mais de 100 profissionais formados pelo curso de Letras – Línguas Adicionais: Inglês-Espanhol da instituição atuam ou estão aptos a atuar na rede municipal.
Após a publicação dessa nota, a reportagem do Folha do Sul procurou a Prefeitura de Bagé, por meio de sua Comunicação. A informação é que a disciplina de Língua Espanhola não será retirada da rede municipal de ensino. Em nota, o município explicou que, apesar de o Espanhol não ser obrigatório na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), Bagé continuará oferecendo a disciplina por reconhecê-la como fundamental para a formação dos estudantes da região.
Segundo o governo municipal, as dificuldades enfrentadas dizem respeito à conciliação da carga horária das disciplinas obrigatórias e à contratação de professores, mas nenhuma das adequações previstas comprometerá a continuidade do trabalho.
A secretária municipal de Educação, Cáren Castencio, reforçou o compromisso com a manutenção da disciplina. “A Língua Espanhola continuará na nossa rede municipal; essa já é uma decisão definida. É verdade que precisaremos fazer algumas adequações, mas nada que comprometa o trabalho que vem sendo feito com essa disciplina tão importante em nossa região de fronteira”, afirmou.
Ela mencionou que, para essa quinta-feira, estava previsto um momento de diálogo com os professores para alinhar detalhes “com calma e cuidado, sempre pensando no melhor para nossos estudantes”.
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