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Êta fuzuê, êta bafafá

TODO MUNDO QUERENDO CHEGAR BEM PERTINHO/PODER ATRAIR, não? Que confusão cada vez que se aproxima mais uma eleição. É briga de tudo que é tamanho. Cada um quer chegar bem pertinho, tentando ser parte do próximo governo. 


Agora mesmo, presidente da República e do Senado, duas instituições políticas que formam o poder, se desentenderam. E o assunto gira em torno da substituição da vaga no STF. 


O governo quer emplacar o nome de Messias e o presidente do Senado tem outro nome para o cargo. E aí o bicho pegou. 


Vou colar a matéria do Correio Braziliense para que os leitores entendam. Leia: “A suspensão da sabatina de Jorge Messias expõe deterioração de diálogo entre poderes. Risco de rejeição do nome escolhido por Lula para uma vaga no Supremo faz Planalto segurar mensagem que formaliza a indicação à Mesa do Senado. Presidente da Casa mantém postura beligerante e desfaz acerto para ouvir o AGU na semana que vem. Em litígio com o governo, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, anuncia o adiamento da sabatina do advogado-geral da União, indicado para o STF. A decisão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), de cancelar a sabatina de Jorge Messias — previamente marcada para 10 de dezembro — expôs a deterioração do diálogo com o Palácio do Planalto e elevou a temperatura política em torno da sucessão de Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). Como o Palácio do Planalto ainda não enviou à Mesa do Senado o documento que oficializa a indicação do advogado-geral da União, não restou outra alternativa ao presidente da Casa a não ser o cancelamento da agenda. ‘O Senado foi surpreendido com a ausência do envio da mensagem escrita referente à indicação, já publicada no Diário Oficial da União e amplamente anunciada’, declarou Alcolumbre, que considera ‘sem precedentes’ o atraso no envio da mensagem presidencial. Alcolumbre esquenta a briga com o Planalto sobre a sabatina de Messias. 


Relator diz que Lula conversará com Alcolumbre sobre Messias. ‘Essa omissão, de responsabilidade exclusiva do Poder Executivo, é grave e sem precedentes. É uma interferência no cronograma da sabatina, prerrogativa do Poder Legislativo’, afirmou ele, ao anunciar o cancelamento da agenda prevista para o processo de aprovação do nome para o STF. A crítica do senador se baseia no fato de que, apesar de o governo ter oficializado a indicação de Messias ao Supremo, a etapa burocrática essencial para abrir a tramitação — o envio da indicação pela Presidência à Mesa do Senado — ainda não foi cumprida.” Antes, Alcolumbre relatou a colegas ter sido surpreendido pelo atraso do envio do ofício e deixou claro que não pretende avançar sem o documento. A decisão frustrou a construção de um calendário alinhado antes com o presidente da CCJ, Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Otto Alencar (PSD-BA), e fortaleceu a percepção de desgaste incomum entre Executivo e Legislativo. O senador, contudo, reconheceu que a demora no envio da mensagem presidencial atrasou o processo e abriu espaço para interpretações políticas que alimentam o conflito. Weverton insistiu que não houve manobra deliberada do Planalto, mas ponderou que, em um ano eleitoral, qualquer ruído se amplifica. 


Para ele, a condução dos próximos passos dependerá exclusivamente da Presidência do Senado: ‘Assim que a mensagem chegar, entraremos no nosso trabalho’. O relator também tem procurado alternar gestos públicos de serenidade com conversas reservadas para evitar que a indicação de Messias seja contaminada por disputas internas e tensões pré-eleitorais. Paralelamente, Jorge Messias tenta ampliar sua base de apoio diante das resistências cada vez mais explícitas no Senado. Nesta terça-feira, o AGU esteve no gabinete do senador Mecias de Jesús (Republicanos-RR), um dos poucos integrantes da bancada evangélica a declarar apoio ao indicado. A visita se deu poucas horas após o cancelamento de um almoço com o bloco Vanguarda — formado por parlamentares do PL e do Novo —, episódio que acentuou a percepção do isolamento político enfrentado por Messias. (...) O senador vinha defendendo a indicação do ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG), aliado próximo. A opção de Lula por Messias frustrou essa articulação e abriu uma fissura entre o chefe do Executivo e o presidente da Casa, responsável pela aprovação ou rejeição do nome indicado pelo Planalto. 


A crise atingiu novo patamar quando Alcolumbre afirmou que setores do governo constroem uma ‘falsa narrativa’ ao insinuar que divergências institucionais poderiam ser resolvidas por meio de pressões políticas. Com a sabatina cancelada e sem novo calendário definido, a indicação de Messias entra em uma zona de incerteza. Enquanto o Planalto tenta recompor o diálogo e o indicado percorre gabinetes para reduzir resistências, senadores avaliam que o cenário se tornou mais complexo do que inicialmente previsto. A falta do envio formal da mensagem do Executivo, somada à disputa política que envolve diferentes blocos do Senado, transforma o processo em um teste de força entre os Poderes. O desfecho, agora, dependerá do encontro esperado entre Lula e Alcolumbre — sem data para ocorrer (...)".

Para aguentar isso, temos que estar bem sesteados, não?


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