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Safra gaúcha terá queda apesar de recorde nacional

Luiz Henrique Magnante/Embrapa - Soja foi a principal responsável pela retração gaúcha

O Brasil deve colher uma safra recorde de grãos, mas o Rio Grande do Sul seguirá em trajetória de redução. A projeção foi confirmada nessa quinta-feira (11), em Brasília, no 12º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os dados foram apresentados pelo presidente da estatal, Edegar Pretto, ao lado do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e dos ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) e Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária).

Segundo o levantamento, a produção nacional alcançará 350,2 milhões de toneladas, aumento de 16,3% em relação ao ciclo anterior. No entanto, o Rio Grande do Sul deverá colher 35,9 milhões de toneladas — resultado 7,8% inferior ao registrado na safra anterior, quando o Estado produziu 38,92 milhões de toneladas. Mesmo com a queda, o Estado mantém a quarta posição no ranking nacional, atrás de Mato Grosso, Paraná e Goiás.

De acordo com Pretto, a soja foi a principal responsável pela retração gaúcha. A oleaginosa fechou a safra com 16,6 milhões de toneladas, queda de 23,6% em comparação ao ciclo passado, devido à estiagem e às altas temperaturas. Já o arroz e o milho apresentaram crescimento expressivo: o arroz atingiu 8,7 milhões de toneladas, alta de 22% e segundo maior volume da série histórica da Conab; o milho de primeira safra somou 5,43 milhões de toneladas, aumento de 12%. O feijão também teve leve expansão, com 73,5 mil toneladas produzidas, alta de 2,5%.

Entre as culturas de inverno, a expectativa é de redução para o trigo, com queda de 6,3% e produção estimada em 3,7 milhões de toneladas, influenciada pela menor área cultivada. Em contrapartida, lavouras alternativas ganham espaço: a aveia branca deve alcançar 950,3 mil toneladas, maior volume já registrado na série histórica, e a canola terá avanço de quase 60%, chegando a 306,5 mil toneladas. Já a cevada recua 14,6%, com 98,2 mil toneladas, enquanto o triticale cresce 13,5%, com produção estimada em 14,3 mil toneladas.

Para Pretto, os resultados reforçam tanto os efeitos do clima adverso no Estado quanto a capacidade de diversificação dos agricultores. “Houve crescimento significativo na produção de arroz e milho no Rio Grande do Sul. Já a soja registrou perdas expressivas devido à estiagem e às altas temperaturas que atingiram o estado", ressaltou.


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