Hoje vou ‘colar’ minha coluna publicada em 03-04-2010, Portanto 14 anos passados. Fique sempre atento na data que é para não confundir. Acontece que nada mudou,Tá?   

NO MEU TEMPO de guri havia uma expressão, que muitos usam até hoje, para justificar uma informação: é as brincas ou ás verdas? Sua versão no português mais claro é ”falas sério ou é brincadeira”. Pois bem, na imprensa existem muitas notícias que são plantadas. O cara (sem alusão ao presidente) quer espalhar (tornar pública) uma informação para ver o bode que vai dar. Os mais afoitos publicam pensando ser um furo de reportagem. No final fica Comprovado que o repórter, seja lá quem for, entrou  em uma autêntica fria. Não foi outra impressão que me causou a “isca” que a imprensa brasileira mordeu ao divulgar a possibilidade de Lula se licenciar para ficar livre para a campanha de Dilma. Quem assumiria? O vice, José Alencar, pretende se candidatar, seja lá ao que for, e fica impedido de assumir. Quem sobra? Adivinhe? O Sarney. Ele não é candidato a nada, porque tem garantido mais quatro anos de Senado. Na época da ditadura quem assumia, sempre que o presidente viajava, era o presidente da Câmara. O Nelson Marchezan, já falecido, sentou na cadeira de presidente. Não sei se mudou a ordem, ou se o Temer, presidente da câmara será mesmo candidato. No caso, também não pode assumir. O Sarney, que é aliado do Lula, seria seu substituto. É o que determina a Lei. Agora que a notícia, plantada ou não, me levou a década de 80, isto lá é verdade. Haviam dois partidos criados pela ditadura. Um para ser governo (ARENA) e outro para ser oposição (MDB). Tancredo Neves, avô do Aécio, fez composição com o Sarney e iniciaram o processo pós - ditadura, de eleição indireta, ou seja, o Congresso é quem votava. Como a maioria eram deputados e senadores biônicos, foi fácil a mistura de azeite com o vinagre. Pois bem, o Tancredo adoeceu e morreu antes da posse. Todos apoiaram a posse de Sarney. Mesmo que a constituição da época determinasse nova eleição. Para que, se quem decidia era o Congresso? O José Ribamar (é o nome do Sarney) assumiu. Formou um baita de um time e criou todos os “pacotes” de economia, possíveis e impossíveis. Tinha até xerife, Romeu Tuma. Tabelou e congelou os preços, fazendo com que os produtos sumissem da prateleira. Prendeu animais, quase mortos de fome, no campo. Sempre acompanhado pela mídia existente na época. Pois bem, agora não vai ser presidente. O Lula descartou qualquer possibilidade. Descartou agora, que sentiu a reação de muita gente. Mas que seus seguidores tentaram, tentaram. Menos mal que não vai se concretizar. A não ser que o José Alencar desista de concorrer. Certo?  

ESTE ASSUNTO É ATUAL / CPI DO FUTEBOL 

Serão investigadas 109 partidas de futebol sob suspeita de manipulação. CPI recém criada está desconfiada de ‘compra’ de jogos. Deve começar os trabalhos neste mês. O presidente do Botafogo, John Textor, que denunciou a ‘falcatrua’ será o primeiro a ser ouvido. O Senador Cajuru um dos grandes combatentes da CBF, enquanto repórter, está sendo indicado pelo Relator da CPI. A partir do momento em que li a manchete do Correio Brasiliense, comecei a rír. sabe porque? Porque só agora ‘descobriram’ o que acontece no futebol do Brasil e muitas vezes até no mundo inteiro. Um dos presidentes da CBF o Marin, ficou preso um bom tempo nos Estados Unidos. O Ricardo Teixeira, está sumido, segundo dizem param não ser preso. Aí tive que voltar aos tempos passados para mostrar que não é de hoje que isso acontece. Quando Médici criou a loteria esportiva, um deputado conseguiu a proeza de ganhar 19 vezes. A suspeita sempre foi que ele tinha informante que lhe dizia o nome do vencedor, seu estado, município e os asseclas do deputado iam e compravam a cartela vencedora, pagando mais do que valia. O acertador recebia uma ‘bolada’ bem maior do que iria receber de instituição bancária. O governo terminou com a loteria esportiva. Até que um dia vai sair uma CPI. Não sei se vai ter sucesso. Mas pelo menos vai descobrir quem manipulou. Isso é muito bom porque assusta possíveis ‘vigaristas’, inclusive vivendo fora do Brasil. Fatos são fatos. Concordam?