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Operação
PF investiga desvio de mais de R$ 7 milhões na Saúde
Divulgação PF - Período abrange gestão do ex-prefeito Divaldo Lara
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira, 30 de outubro, a Operação Prior, com apoio do 9º Núcleo do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual. A ação tem como objetivo aprofundar as investigações sobre desvios de recursos públicos destinados à Secretaria Municipal de Saúde de Bagé entre 2017 e 2024, período que abrange a gestão do ex-prefeito Divaldo Lara.
Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Bagé e Porto Alegre, expedidos pela 2ª Vara Federal de Santana do Livramento. As diligências tiveram o propósito de reunir novas provas relacionadas ao inquérito policial.
As investigações apontam que, entre 2018 e 2024, houve superfaturamento em quatro contratos firmados pela Prefeitura de Bagé com uma cooperativa para prestação de serviços de saúde. O prejuízo estimado ao erário é de R$ 7.125.511,43. Segundo a Polícia Federal, pelo menos dois ex-integrantes da Secretaria de Saúde teriam sido beneficiados financeiramente pela cooperativa.
Ainda conforme o inquérito, o gestor da cooperativa recebeu, entre 2018 e 2022, R$ 3.621.882,89 diretamente da instituição, além de outros valores expressivos repassados por empresas ligadas à entidade. Esses repasses demonstram, segundo a PF, a desnaturação da cooperativa, que, por lei, não pode ter fins lucrativos.
Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos celulares, um notebook, documentos, joias e R$ 24,4m em espécie. Um homem de 67 anos foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, após a Polícia encontrar um revólver sem registro em sua residência.
Os investigados poderão responder pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro, pagamento irregular em contrato administrativo e associação criminosa. Além da Polícia Federal, participam da investigação o Ministério Público Estadual e o Tribunal de Contas do Estado.
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