Prefeitura identifica contrato de meio milhão para privatização do Daeb
Impasse
Museu Dom Diogo pode estar com os dias contados

Luciano Madeira - Estrutura guarda a história de Bagé
Com uma riqueza enorme em materiais e documentos históricos, um acervo que é visitado diariamente pela população de Bagé, turistas e estudantes pode estar com os dias contados. Isso porque o Museu Dom Diogo de Souza pode fechar as portas.
O problema envolve a Sociedade Portuguesa, que é a proprietária da estrutura que inclui o Museu e o Complexo Cultural do Museu Dom Diogo de Souza. O impasse já se arrasta há vários anos e, de acordo com o presidente da Sociedade Beneficente Portuguesa, Luiz Ney Vinhas, no dia 31 de dezembro deste ano termina o contrato de aluguel com a Urcamp, que é a inquilina do local. Segundo as informações repassadas à reportagem, a Urcamp deve o aluguel e o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU). "Para não deixar entrar em dívida ativa, nós pagamos", elucidou Vinhas.
"Nós vamos notificar a Urcamp: iremos informar que a Sociedade Portuguesa não tem mais interesse em alugar para ela", enfatizou. Questionado sobre qual o valor do aluguel, Vinhas garantiu que é R$ 10 mil por mês mais o IPTU - um total de cerca de R$ 14 mil.
Luiz Ney Vinhas também adiantou que a Prefeitura demonstrou interesse em assumir o complexo. "Mas isso ainda é muito recente. Vamos avaliar a proposta", afirmou.
O procurador jurídico do município, José Heitor de Souza Goulart, disse que realmente o município tem interesse em assumir a administração do complexo, mas que, para isso, é necessário o aval do prefeito Divaldo Lara.
Ao ser questionado sobre como seria essa negociação, Goulart explicou que a Prefeitura encaminharia um projeto de lei para a Câmara de Vereadores, isentando o espaço do pagamento do IPTU. E o valor da dívida da Urcamp com a Sociedade Portuguesa - que hoje gera em torno de R$ 200 mil - seria pago de forma parcelada.
A assessoria de comunicação da Urcamp informou que a reitoria apresentou uma proposta de pagamento à Beneficência Portuguesa junto ao Mediar, que é um órgão do Ministério Público que media essa negociação.
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