Claro que sou desconfiado, e isso me faz ir atrás de qualquer informação para checar a verdade. Isso não é mérito, é ter credibilidade na informação. Logo no início, quando foi “descoberta” a fraude (roubo) nas contas dos aposentados, e o governo anunciou que imediatamente estaria liberando os recursos para quem foi lesado, eu desconfiei da velocidade com que aconteceu a notícia boa para quem foi prejudicado.  

Está tudo registrado, com documentos que provam as autorizações de desconto, inclusive para quem tirou empréstimo bancário. Ao mesmo tempo em que provam o que estou dizendo, foi anunciado o valor do rombo. Como saberiam o valor total se não tivessem tudo documentado? No início, o total seria de 6 bilhões e uns quebrados. Depois, a CGU disse que a fraude acontecia desde 2016. Alguém mais afoito informou que havia muitos casos acontecendo desde 2010.  

Ontem, me deparei com uma matéria publicada nos jornais (eu colei do Correio Braziliense) que prova que estão todos perdidos ou provocam a desconfiança das pessoas melhor informadas. LEIA E ANALISE: “INSS abre prazo para vítimas de fraude contestarem descontos não autorizados”. Agora sim complicou minha cabeça. Se o próprio INSS não sabe quem foi lesado e precisa da declaração das vítimas para fazer o pagamento, de onde tiraram o valor do rombo para anunciarem aos quatro cantos que seria ao redor de 6 bilhões?  

E aqui entra outra desconfiança que me bate na cabeça maluca de senil: pode ser muito mais, ou pode ser muito menos. Devo acreditar em quem afirmou que a fraude começou em 2010, 2016 ou 2019? Dependendo de quando iniciou o “rombo”, pode ser muito maior. E aqui vai uma observação que deveria ser levada em consideração: como muitas pessoas sabem, poucas guardam o valor do que receberam por muito tempo. Não têm o cuidado de guardar o extrato ou seja lá o que for o documento comprobatório. Estes, com certeza, não saberão se foram lesados ou não. Se assinaram algum documento autorizando o desconto ou não.  

Nove milhões de aposentados e pensionistas foram notificados na terça-feira (13/5) e poderiam informar, a partir de ontem, quarta-feira (14/5), se reconhecem ou não os descontos. Mais de 9 milhões de cidadãos foram notificados através do aplicativo Meu INSS nesta terça-feira (13/5). O INSS começa a receber, nesta quarta-feira (14/5), os pedidos de contestação de descontos não autorizados de mais de 9 milhões de beneficiários que foram notificados ontem e que tiveram débitos realizados na folha de pagamento por associações.  

A investigação da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal descobriu um esquema criminoso que realizou descontos indevidos na conta de aposentados e beneficiários do INSS entre os anos de 2016 e 2025, o que gerou um rombo de R$ 6,3 bilhões. Aqui está o que faltava: “Dossiê que liga Bolsonaro à fraude no INSS está sendo preparado”. É claro que isso iria acontecer. No momento em que anunciaram que tudo teria começado ainda no governo Bolsonaro. Depois, a CGU disse que começou em 2016. E agora aparece o verdadeiro motivo: o dossiê que envolveria Bolsonaro. Não sei se é coincidência ou não, mas o filho de Bolsonaro, que estava nos Estados Unidos, vai voltar ao Brasil. Então, prepare-se para a "guerra" de poder que visa atingir o adversário ao realizar um dossiê. Isso é país sério? E não digo que nada vai atingir o governo anterior (Bolsonaro). Pode atingi-lo em cheio. Provar é algo que tem que ser perseguido. Por enquanto, parece a guerra da lagosta, guerra fria. Depois vamos ver... ou não?