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Eficiência alimentar: touros da Santa Tereza vencem prova em Bagé

Mariana Fetter - Criatório de Arambaré se destaca em avaliação da Embrapa e ABHB
A Fazenda Santa Tereza, de Arambaré (RS), conquistou o primeiro lugar na Prova de Eficiência Alimentar das raças Hereford e Braford, promovida pela Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) em parceria com a Embrapa Pecuária Sul. A avaliação, que durou 70 dias, foi realizada em Bagé e reuniu 34 touros — sendo 19 da raça Hereford e 15 da Braford — submetidos a uma dieta padronizada.
Na raça Hereford, o destaque foi o touro Tatuagem S4800, da Fazenda Santa Tereza, que alcançou o melhor índice da prova, com 1,766. A segunda colocação ficou com o touro U244, da Estância Tamanca, de Santa Vitória do Palmar (RS), com índice de 1,649. Em terceiro lugar, ficou o touro TEK11, da Fazenda Casuarinas, de Herval (RS), com 1,174.
Já na raça Braford, o touro S5042, também da Santa Tereza, ficou com a primeira colocação ao atingir o índice de 1,578. O criatório ainda conquistou a terceira posição, com o touro S5024 (índice de 1,000). O segundo lugar foi para o touro Tatuagem 23009, da Fazenda São Bento do Verde, de São Sepé (RS), com 1,241.
Para o presidente da ABHB, Eduardo Soares, a conclusão de mais uma edição da prova reforça o compromisso da entidade com a seleção genética e a sustentabilidade da pecuária. Ele destacou que a Prova de Eficiência Alimentar é fruto de uma parceria sólida com a Embrapa e tem como foco identificar reprodutores e linhas genéticas mais eficientes para os sistemas de produção. Segundo o presidente, o mercado exige, cada vez mais, animais que consumam menos e produzam mais, com maior rentabilidade e menor impacto ambiental.
O chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Cardoso, destacou que o custo da alimentação representa cerca de 70% das despesas em sistemas de produção. Ele mencionou que a prova permite identificar os animais que mantêm bom desempenho produtivo com menor consumo. E que isso é essencial para selecionar reprodutores com maior capacidade de conversão alimentar. Cardoso ressaltou também o valor estratégico do banco de dados gerado pela prova, que subsidia avaliações genéticas integrando eficiência alimentar e outras características produtivas. “É isso que garante maior lucratividade quando essa genética é aplicada em rebanhos comerciais”, completou.
Além de premiar os animais mais eficientes, a iniciativa contribui para tornar a pecuária mais sustentável e rentável. Com o uso de cochos eletrônicos e balanças de precisão, a avaliação permite o monitoramento completo do consumo e ganho de peso de cada touro, selecionando aqueles que produzem mais carne com menor uso de ração.
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