Bagé, em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae), deu início à atualização do seu Inventário Cultural e Patrimonial, elaborado originalmente pelo Iphan em 2009. O processo tem prazo de vigência de dois anos, mas a previsão da Prefeitura é concluí-lo em cerca de 300 dias. O lançamento ocorreu de forma virtual, reunindo representantes das duas instituições.

A atualização abrangerá todo o território municipal, incluindo áreas urbanas e rurais, e contemplará tanto o patrimônio material — como edificações históricas, praças, monumentos e paisagens culturais — quanto o imaterial, envolvendo festas populares, tradições religiosas, manifestações artísticas e referências simbólicas.

A primeira fase do trabalho se concentrará no levantamento dos bens imóveis do centro histórico, fornecendo subsídios para a revisão da legislação de preservação do patrimônio. Todo o processo seguirá a metodologia do Iphae, garantindo rigor técnico e uniformidade na coleta de informações.

Segundo os arquitetos Márlon Lameira e Sandro Martinez, do Executivo Municipal, a atualização do inventário é fundamental para orientar intervenções urbanas de forma planejada, revisitar a história de Bagé e registrar elementos culturais essenciais à identidade local, abrangendo tanto espaços físicos quanto práticas, memórias e significados.

A execução ficará a cargo de uma equipe multidisciplinar, que realizará pesquisas documentais, levantamentos in loco e inclusão de novos bens e manifestações culturais indicados por especialistas e pela comunidade. A iniciativa prevê ainda a difusão dos resultados em escolas, museus, centros culturais e meios digitais, fortalecendo o sentimento de pertencimento, promovendo a educação patrimonial e qualificando o planejamento urbano e cultural do município.