O presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Luciano Hocsman, respondeu às críticas sobre a falta de apoio aos clubes e o baixo número de participantes na Copa FGF deste ano. A competição terá oito equipes gaúchas, enquanto em Santa Catarina serão 17.

Em entrevista à Rádio Universidade, Hocsman destacou o volume de recursos destinados à Divisão de Acesso e apontou desinformação por parte de quem questiona a atuação da entidade.

Para reforçar seu argumento, o dirigente comparou a realidade gaúcha com a catarinense. "Na Copa FGF de Santa Catarina, os clubes pagam 100% da arbitragem, pois não há aporte financeiro. Conversei com o presidente de lá e eles não têm esse custeio. Aqui, a segundona custa mais de 2 milhões de reais, valor totalmente custeado pela Federação. Às vezes, olhamos para o gramado do vizinho e achamos a grama mais verde", disse.

Segundo Hocsman, o investimento na Divisão de Acesso em 2025 foi de R$ 2,3 milhões, aplicados integralmente em arbitragem e em auxílio aos clubes. Ele acrescentou que, em relação à transmissão em TV, a federação desembolsava 400 mil reais, mas, após pedidos recorrentes das equipes, disponibilizou os direitos para que elas negociassem. "Críticas podem e devem ser feitas, e nós as aceitamos. Mas essa comparação não tem cabimento", ressaltou.

Ao ser questionado sobre a baixa adesão à Copa FGF, o presidente afirmou: "Talvez nossos clubes precisem observar o que os de lá estão fazendo, se têm apoio da comunidade. Do ponto de vista financeiro, mesmo sem arrecadar nenhum valor com a venda dos 'naming rights' da competição, a Federação não deixou de investir e de cumprir os compromissos assumidos", concluiu.