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Diretor de Sobreviventes do Pampa fala sobre trabalho na região

Reprodução FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -

O documentário Sobreviventes do Pampa foi selecionado para o Festival de Cinema de Gramado. A reportagem conversou, por e-mail, com o diretor do filme, Rogério Rodrigues, sobre como foi gravar na região, e, é claro, como é ter esse trabalho reconhecido. Também sobre os profissionais envolvidos e quantos dias eles permaneceram em Bagé. Rodrigues contextualizou que o documentário "Sobreviventes do Pampa" é um mosaico de entrevistas com sujeitos das mais diferentes identidades sociais que habitam o território, com o objetivo de apresentar a imensa biodiversidade do Bioma Pampa e a situação que se encontra. 

  

"Para darmos este recorte, gravamos em 13 cidades do Pampa, incluindo Bagé. Na cidade de Bagé, ficamos apenas um dia, mas também estivemos em localidades do interior do município, como o distrito de Palmas, onde entrevistamos uma estudante universitária de uma comunidade remanescente quilombola e duas pecuaristas familiares da região do rio Camaquã", elucidou. "Antes das gravações, dedicamos mais de um ano a um longo trabalho de pesquisa, coordenado pela produtora e roteirista Rose França. Este trabalho nos levou para diferentes localidades da pampa profunda, envolvendo, além de Bagé, os municípios de Alegrete, Barra do Ribeiro, Dom Pedrito, Eldorado do Sul, Porto Alegre, Quaraí, Santa Maria, Sant'Ana do Livramento, São Borja, São Miguel das Missões, Tapes e Uruguaiana, todos dentro da área territorial do Bioma Pampa", acrescentou.  

  

Segundo o diretor, o trabalho envolveu muitas conversas com entidades e pesquisadores, o que resulto na participação de sete renomados pesquisadores no projeto. Vale mencionar que o trabalho não envolveu muita gente por um motivo bastante interessante - a equipe técnica de campo foi composta por nove profissionais, incluindo o motorista da van em que o grupo viajou. "Prezamos por uma equipe enxuta e de alta performance porque a proposta era de sermos o menos invasivos possível na vida e na rotina dessas pessoas, com a ideia de que nossa presença fosse uma visita para ouvi-los", justificou. "No entanto, incluindo a etapa de pré-produção, produção e pós-produção, este filme envolveu diretamente mais de 100 pessoas", explicou, sobre a grandiosidade do projeto. 

  

Sobre o reconhecimento, ele garantiu que, obviamente, os profissionais envolvidos estão bastante felizes, mas acrescentou que a oportunidade de fazer com que pessoas sejam vistas e ouvidas é o mais importante. "Estamos muito felizes com o fato do filme ter sido selecionado para o Festival de Cinema de Gramado. Reconhecemos que esta participação é muito importante para nós e para a produtora, mas o que nos deixa mais felizes é a oportunidade dessas pessoas, historicamente invisibilizadas, serem vistas e ouvidas. Como disse um dos entrevistados: 'Precisamos conhecer o Pampa, para amar ele. Só protege quem ama'". 

  

Sobre o filme


Sinopse oficial 

Quando a busca por sua origem o leva à Pampa profunda, o diretor do documentário descobre um bioma pouco conhecido, recentemente reconhecido e que apresenta mais da metade de sua área nativa destruída. Então, sua procura passa pela descoberta de um bioma singular e seus habitantes, num mosaico entre os povos originários, comunidades quilombolas, pecuaristas familiares, assentados da reforma agrária e empresários rurais, que o fazem compreender a urgência da preservação e o fortalecimento da consciência ambiental, essenciais para a nossa sobrevivência. 

  

Rodado no interior de 13 municípios gaúchos, o longa-metragem documentário é protagonizado por pecuaristas familiares, assentados da reforma agrária, comunidades remanescentes de quilombolas e povos indígenas, formando um mosaico de diferentes identidades sociais, entre os povos e comunidades tradicionais do Pampa, apresentando a biodiversidade do bioma e o risco eminente da sua existência, devido a acelerada degradação do meio ambiente. 

  

Lançamento 

Com direção de Rogério Rodrigues, a produção estreia no dia 17 de agosto de 2023, às 14h, no Palácio dos Festivais, no 51º Festival de Cinema de Gramado. Quem apresenta é a Atama Filmes e Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul. 


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