Reitoras e vice-reitoras das universidades públicas federais divulgaram na terça-feira, 27, uma carta de apoio à Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e de repúdio às agressões misóginas sofridas por ela durante uma audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, realizada na mesma data.  

No documento, as dirigentes universitárias expressam "irrestrito apoio" à ministra e classificam como "inaceitável" que, em pleno século XXI, mulheres em posições de liderança ainda sejam alvo de ataques que mesclam misoginia e violência política, com o intuito de silenciar e deslegitimar suas vozes. Marina Silva foi descrita como uma figura de referência nacional e internacional na luta ambiental, na defesa dos direitos humanos e na promoção da democracia.  

"A presença de Marina Silva no governo federal honra o Brasil e inspira todas as mulheres que lutam para ocupar espaços historicamente negados, especialmente mulheres negras", afirma a carta.  

O documento também destaca o compromisso das universidades públicas federais com a equidade de gênero e raça, bem como com o respeito à diversidade e à democracia. As dirigentes ressaltam que o episódio no Senado atinge não apenas a ministra, mas todas as mulheres brasileiras, em especial as negras, que enfrentam diariamente o racismo e a misoginia.  

A carta encerra com um chamado à resistência coletiva e à solidariedade: "Seguimos juntas, fortalecendo redes de apoio e resistência, para que nenhuma mulher seja silenciada ou violentada".  

A manifestação foi divulgada pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e pode ser acessada na íntegra nos canais oficiais da entidade.