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Setembro Amarelo

Psicólogo aponta atitudes diárias para uma saúde mental equilibrada

João Lucas/Especial - Período é uma oportunidade para falar sobre a vida

Setembro é o mês de prevenção ao suicídio, marcado pela campanha do Setembro Amarelo. Durante este período, fala-se muito sobre como identificar sinais de problemas emocionais, mas é importante também abordar atitudes do dia a dia que são determinantes para uma saúde mental equilibrada. O Folha do Sul conversou com o psicólogo Marcelo Motta, que compartilhou suas perspectivas sobre o que é mais prejudicial para a saúde mental e o que fazer para evitar isso.

O profissional enfatizou que o Setembro Amarelo é uma oportunidade para falar sobre a vida. É o momento para parar e se questionar: “O que podemos fazer para melhorar nossa vida?”. Ele destacou que a vida moderna, repleta de rotinas intensas e estresse, tem sido um dos principais fatores no aumento da ansiedade e depressão, que têm crescido significativamente no Brasil. A rotina corrida e o estresse constante, que muitas vezes resultam em Burnout — uma forma extrema de ansiedade e estresse — são alguns dos maiores vilões da saúde mental.

Motta também apontou o impacto das redes sociais, onde a constante comparação com os outros pode levar a sentimentos de inadequação e insatisfação. Ele revelou que vê muito isso nos adolescentes, mas que os adultos não estão imunes. Para alcançar um equilíbrio, Motta sugeriu várias mudanças simples, mas eficazes. Dormir bem é essencial; e ele recomenda de sete a oito horas de sono por noite para adultos. Ele reiterou que isso pode ter um impacto significativo na saúde mental. “Isso vários estudos nos mostram a diferença que faz. Pode parecer bobagem, mas é algo fantástico”, destacou.

Além disso, a alimentação equilibrada e a prática regular de atividade física, pelo menos três horas por semana, são fundamentais. “Tomar água e se alimentar legal é um outro fator que ajuda muito”, defendeu. “Atividade física: no mínimo, três horas por semana. Se puder fazer mais, incrível”, sustentou. O psicólogo também defendeu a importância de reservar tempo para hobbies, que liberam substâncias como dopamina e endorfina no cérebro, promovendo bem-estar. E não importa se é crochê, se é assistir séries ou fotografar. “A gente tem que ter um tempo para praticar algo que a gente goste, um hobby, uma atividade que nos dê prazer”, argumentou. O amor, seja por animais de estimação, amigos ou familiares, também é vital, segundo ele. Motta defendeu que o amor tem um poder transformador, que, inclusive, pode ser garantia de mais anos de vida e, principalmente, de uma melhor qualidade de vida. “A gente precisa amar: um cachorrinho, um gatinho, os nossos filhos, os nossos amigos, amar as pessoas da nossa família. Tentar praticar o amor, porque o amor libera o que a gente precisa para o bem-estar”, disse.

Outra prática que Motta recomenda é a psicoterapia. Ele ponderou que muitos alegam não poder pagar por sessões de terapia, mas lembrou que existem opções gratuitas disponíveis. A psicoterapia, para o profissional, é crucial para ajudar as pessoas a se entenderem, amadurecerem e organizarem suas vidas de maneira mais saudável. Por fim, o psicólogo reforçou a importância de criar e manter uma rotina saudável. “Rotina é essencial, mas cada um precisa criar a sua. A gente precisa se conhecer para construir uma rotina saudável. A criação de rotina ajuda muito, é essencial, também, nessa qualidade de vida, a manter a saúde mental equilibrada”, enfatizou.

O profissional lembrou, por fim, que o mês de setembro é muito importante para potencializar a saúde. “O que dá para ser feito para a gente prevenir. Não precisa chegar na depressão, na tentativa (de suicídio)”, elucidou. E sugeriu: “A gente precisa desacelerar. A gente precisa aproveitar mais, a gente precisa curtir mais as pessoas à nossa volta, aproveitar a natureza, essas coisas simples da vida que a gente está deixando passar”.

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