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Estado decreta emergência diante da alta de internações

Andressa Prates - Apelo é para que população vulnerável busque pela vacina

O governo do Rio Grande do Sul decretou situação de emergência em saúde pública para combater o aumento expressivo de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), principalmente entre crianças. A medida foi assinada pelo governador Eduardo Leite nessa segunda-feira (19) e tem validade de 120 dias. O objetivo é reforçar a estrutura hospitalar e garantir a oferta de leitos de UTI e suporte ventilatório. Como parte da resposta, o Estado anunciou um investimento de R$ 20,8 milhões na Operação Inverno Gaúcho com Saúde.  

A decisão foi motivada pela crescente demanda nos serviços de emergência, com filas e risco de colapso na rede, especialmente na pediatria. Dados do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) apontam 4.099 hospitalizações por SRAG em 2025, com 305 mortes. Entre crianças menores de 5 anos, já foram 1.374 internações e 10 óbitos. A circulação de diferentes vírus respiratórios, como influenza, covid-19 e vírus sincicial respiratório (VSR), agrava a situação.  

As internações aumentaram significativamente nas últimas semanas. Na Semana Epidemiológica 14 (de 31/3 a 5/4), foram 194 casos, número que mais que dobrou na Semana 18 (de 28/4 a 3/5), com 392 hospitalizações. Já na Semana 19 (de 4 a 10/5), os registros chegaram a 451. A influenza teve crescimento acentuado, saltando de nove casos para 116 em apenas quatro semanas. No total, 526 hospitalizações e 43 óbitos foram causados por gripe em 2025.  

O VSR também preocupa, especialmente entre o público infantil. Das 495 hospitalizações registradas por esse vírus neste ano, 95% envolveram crianças com menos de 5 anos. O governo alerta para o risco de esgotamento do sistema de saúde, já pressionado também pela epidemia de dengue no Estado. A simultaneidade dessas crises sanitárias exige medidas emergenciais para garantir o atendimento à população.  

Inverno Gaúcho 

Para mitigar os efeitos do inverno sobre o sistema de saúde, a Operação Inverno Gaúcho com Saúde vai destinar recursos aos municípios até o fim de junho. Serão R$ 13,65 milhões para a Atenção Primária, com ampliação de horários nas UBSs, contratação de equipes e compra de insumos. Outros R$ 7,15 milhões irão para as UPAs, conforme a média de atendimentos. Os repasses variam de R$ 20 mil a R$ 150 mil, de acordo com o porte e a demanda de cada município.  

Bagé 

A reportagem do Folha do Sul buscou dados atualizados sobre a demanda na Unidade de Pronto-Atendimento, a UPA 24 Horas. Também quais grupos mais têm procurado por atendimento e quais as orientações da Saúde sobre a situação. A Comunicação do município garantiu um retorno com tais informações para esta terça-feira, 20 de maio, devido a necessidade de um levantamento na UPA.  

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