A Câmara de Vereadores de Bagé finalizou a redação final da emenda à Lei Orgânica que reconhece oficialmente o cavalo crioulo como um dos símbolos naturais do município. A proposta, que foi apresentada pela presidente da Câmara, vereadora Andrea Gallina (Progressistas), reforça a importância histórica, cultural e econômica da raça para a cidade. 

Histórico 

Bagé é considerado o berço do cavalo crioulo no Brasil, tendo papel essencial no desenvolvimento e preservação da raça. A criação da primeira entidade voltada à valorização do cavalo crioulo data de 1932, tornando a cidade como referência nacional no meio agropecuário e tradicionalista.  

A raça tem origem nos equinos Andaluz e Jacas espanhóis, trazidos pelos colonizadores no século XVI. Estabelecidos na América, principalmente no sul do Brasil, esses animais passaram a viver de forma selvagem por cerca de quatro séculos. Devido as adversidades que passaram, como temperaturas extremas e condições adversas de alimentação, foi percebido como características marcantes a rusticidade e resistência.  

Foi no século XIX que fazendeiros do sul do continente tomaram consciência da importância e também da qualidade da raça que vagava livremente pelas suas terras. A partir disto, a nova raça bem definida e com características próprias, passou a ser preservada, ganhando notariedade mundial a partir do século XX, quando a seleção técnica exaltou o seu valor. 

Importância na saúde 

Além do legado histórico e econômico, o cavalo crioulo é aliado em iniciativas de inclusão e saúde. O projeto Equoconexão, desenvolvido em Bagé, tem duas éguas da raça atuando como coterapeutas em sessões de Equoterapia, Equitação Lúdica e Equoinglês. Cerca de 50 crianças são beneficiadas por mês. 

Identidade municipal 

Segundo a vereadora Andrea, a inclusão do cavalo crioulo como símbolo natural do município reforça a identidade de Bagé. Além disso, reconhece a importância cultura e econômica da raça, assegurando que o seu legado seja lembrando e também valorizado no futuro.