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Brigada Militar cria novas perspectivas para vítimas de violência doméstica

Brigada Militar - Iniciativa abre oportunidade para o mercado de trabalho

Um projeto inédito no Rio Grande do Sul tem como foco transformar a vida de mulheres vítimas de violência doméstica e de seus filhos, com idades entre 14 e 24 anos. Chamado Caminhos da Esperança, o programa é desenvolvido pela Brigada Militar, por meio da Patrulha Maria da Penha, em parceria com o Ministério do Trabalho e o Senac Comunidade. A iniciativa busca promover a qualificação e a inserção profissional dos participantes por meio do programa Jovem Aprendiz. 

As primeiras turmas serão formadas a partir de julho, com 30 mulheres já selecionadas pela Brigada Militar. A atuação se concentra nas áreas do Comando de Policiamento da Capital (CPC) e do Comando de Policiamento Metropolitano (CPM), com o apoio de empresas comprometidas com a contratação de aprendizes. O Tenente-Coronel Márcio Luiz da Costa Limeira, chefe do Estado-Maior da BM, explica que a seleção já foi realizada e que a fase de aprendizagem terá início em breve. 

Os participantes do projeto têm entre 14 e 24 anos e possuem ensino fundamental ou médio completo ou em andamento. Em casos de pessoas com deficiência, não há limite de idade. Segundo o FEPETI/RS, 35% das mulheres vítimas de violência no Estado estão nessa faixa etária, o que demonstra a relevância da proposta. A iniciativa conta também com o apoio do Fórum Gaúcho de Aprendizagem Profissional (FOGAP), responsável por oferecer cursos e formações. 

Para a Capitã PM Francini Pagliarini Fisch, coordenadora das Patrulhas Maria da Penha, o projeto busca promover a independência financeira de mulheres e jovens, rompendo com o ciclo da violência. A capacitação profissional é vista como um passo essencial para oferecer novas oportunidades e garantir autonomia às vítimas. Ela ressalta que o envolvimento da sociedade e dos empregadores é fundamental para o sucesso da proposta. 

Além de fomentar a inclusão no mercado de trabalho, o Caminhos da Esperança fortalece as políticas públicas voltadas ao enfrentamento da violência contra a mulher. A Capitã Fisch destaca que a dependência financeira é um dos fatores que perpetuam o abuso. "Ao inviabilizar a autonomia da mulher, o agressor mantém o controle e prolonga o ciclo de violência. Dar acesso à qualificação é também oferecer uma chance real de liberdade", afirma. 

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