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Previsão

Quinzena terá chuva intensa, temporais e alternância de temperaturas

Niela Bittencourt - Semana começou com chuva e deve terminar com instabilidade na Campanha

A segunda metade de setembro será marcada por instabilidade no clima, com chuva, episódios de temporais isolados e alternância entre calor e frio. No Rio Grande do Sul, a previsão da MetSul Meteorologia indica dias com chuva forte, especialmente entre 21 e 22 de setembro, devido à atuação de uma frente fria e baixa pressão profunda, aumentando o risco de cheias de rios.

A primeira quinzena do mês já registrou precipitação acima da média em várias regiões gaúchas, como São Borja, Alegrete e Candelária, enquanto nos extremos do Estado as chuvas ficaram próximas ou abaixo da média histórica. Em Porto Alegre, o acumulado de 115 mm deve fazer com que setembro termine com volumes acima da média mensal de 147,8 mm.

 

La Niña pode ser confirmada 

O Oceano Pacífico Equatorial registrou, pela primeira vez em sete meses, anomalias de temperatura típicas de La Niña, conforme boletim da NOAA, agência de tempo e clima do governo dos Estados Unidos. A região conhecida como Niño 3.4, usada para caracterizar o fenômeno, apresentou resfriamento de -0,5°C, valor mínimo para a configuração do evento. Já a área Niño 1+2, próxima à costa do Peru e do Equador, manteve anomalia de -0,2°C.

Apesar do registro, os meteorologistas destacam que ainda não há um evento de La Niña em andamento. Para a confirmação, são necessárias pelo menos quatro a seis semanas seguidas de anomalias consistentes em patamar do fenômeno. Assim, uma eventual declaração oficial só deve ocorrer a partir de meados de outubro ou novembro.

Enquanto isso, a atmosfera não reage como se o fenômeno estivesse instalado, e áreas do Sul do Brasil ainda devem enfrentar episódios de chuva acima da média nas próximas semanas. A situação contrasta com os efeitos típicos da La Niña, que geralmente provocam estiagens na região e aumento das precipitações no Norte e Nordeste do país.

A última ocorrência do fenômeno foi registrada entre 2020 e 2023, em um longo período que trouxe sucessivas estiagens ao Sul do Brasil e agravou crises hídricas na Argentina, Uruguai e Paraguai. No território brasileiro, a influência varia: estiagens mais frequentes no Sul e no Mato Grosso do Sul, enquanto Norte e Nordeste costumam receber mais chuva.

Globalmente, a La Niña pode reduzir levemente a temperatura média do planeta, em contraste com o aquecimento gerado pelo El Niño. No entanto, devido ao aumento do aquecimento global nos últimos anos, até mesmo períodos de La Niña já registram temperaturas mais altas do que episódios fortes de El Niño no passado.


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