Um laudo técnico emitido pela Secretaria de Gestão, Planejamento e Captação de Recursos (Geplan) da Prefeitura de Bagé apontou riscos estruturais graves no prédio da antiga rodoviária, localizado na Praça Doutor Albano. O documento conclui que o imóvel está condenado e não pode mais ser utilizado para fins sociais, o que levou a administração municipal a determinar sua futura demolição.  

O prédio, que também abrigou o Sindicato dos Municipários (Simba), atualmente encontra-se em situação crítica - é utilizado como abrigo por pessoas em vulnerabilidade social, inclusive usuários de drogas, além de acumular lixo de forma irregular (já foi alvo até de fogo, além de ser frequentemente depredado), situação que já foi exposta e fotografada pelo Folha do Sul.  

A situação tem gerado preocupação tanto entre moradores da região quanto na Prefeitura, conforme admitiu o Executivo local. Aliás, a Prefeitura acrescenta que trabalha para desapropriar a área e dar novo destino ao espaço por meio de projetos que atendam às demandas da comunidade.  

O prefeito Luiz Fernando Mainardi afirmou que o prédio não pode ser reaproveitado devido às suas condições estruturais e destacou a importância de ouvir a população antes de decidir o novo uso do espaço. A prioridade, segundo ele, é garantir segurança e utilidade pública à área.  

“Nós gostaríamos de dar outro uso ao prédio, mas não é possível, porque ele está condenado. Então agora é uma questão de ouvir os bageenses antes de consolidar qualquer intervenção e definir a melhor forma de ocupar aquele espaço com segurança para todos”, enfatiza.  

Em síntese, para decidir o destino do espaço, a administração estuda realizar uma audiência pública com os moradores do entorno. De acordo com a coordenadora de obras públicas da Geplan, Maíra Gonçalves, há propostas de revitalização sendo discutidas com arquitetos e engenheiros, mas nenhum projeto foi protocolado até o momento.  

Entre as ideias cogitadas está a construção de uma rua coberta, viabilizada por emenda parlamentar. No entanto, a Prefeitura ressalta a importância de avaliar com cautela qualquer intervenção, a fim de evitar soluções que possam resultar em novos problemas, como o uso inadequado do local como abrigo improvisado novamente.