BAGÉ WEATHER

INSS

Ministro Wolney Queiroz diz que fraude começou na gestão passada

Valter Campanato - Wolney destacou que fraude foi descoberta e encerrada na atual administração

O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, defendeu, nesta quinta-feira, dia 15, que o esquema de desvio de pensões e aposentadorias foi consolidado no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Queiroz foi convidado a dar explicações no Senado, na sessão da Comissão de Fiscalização e Controle do Senado, sobre a fraude contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). 

Segundo Queiroz, foi entre os anos de 2019 e 2022 que o “ladrão entrou na casa”. Ele explica que o fim da revalidação das autorizações para os descontos associativos, e a expectativa anterior de que houvesse a revalidação, fez com que cerca de 11 empresas novas se credenciassem. Das empresas que se descobriu serem fraudulentas, a maior parte se estabeleceu neste período.  

Wolney Queiroz ainda afirmou que a Medida Provisória (MP) 1.007, de 2019, transformada na Lei 14.438, de 2022, foi fundamental para o aumento dos descontos indevidos. A MP teria sido editada por recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) após indícios de irregularidades no INSS verificadas ainda em 2019. 

A MP previa novos controles sobre descontos em aposentadorias, mas foi alterada pelo Congresso Nacional e sancionada sem vetos por Bolsonaro. Com as mudanças, foi excluída a previsão de revalidação anual das autorizações para os descontos do INSS. 

Em entrevista ao Portal Uol, Bolsonaro disse que é preciso investigar o caso. 

A Controladoria-Geral da União (CGU) informou que, entre 2017 e 2019, foi registrado um aumento no número dos descontos e das reclamações de aposentados de que não haviam autorizado os descontos nas mensalidades. 

O ministro, em sua fala, frisou que foram os órgãos do atual governo que descobriram e colocaram fim a fraude. Ainda segundo Queiroz, o governo está atuando para ressarcir todos os aposentados com descontos irregulares, tendo bloqueado já R$ 2,5 bilhões das entidades suspeitas para promover esse ressarcimento. 

Queiroz também disse que o INSS criou um sistema simplificado de contestação para os aqueles que sofreram descontos ilegais. Porém, ele minimizou o fato de os canais digitais para solucionar o problema excluírem idosos ou dependentes com menor acesso à internet. 

O motivo disso seria que 91% de todos os acessos ao INSS são pelo aplicativo Meu INSS, 7% se comunicam pela central, enquanto apenas 2% recorrem às agências do instituto. Apesar disso, garantiu que o presidente do INSS está preparando uma estrutura nas agências de comunicação para esse percentual que precisa recorrer às agências. 

O ministro também esclareceu que o ressarcimento dos descontos indevidos será feito na mesma conta que recebe a aposentadoria ou a pensão. Além disso, informou que o governo já recuperou R$ 2,56 bilhões para iniciar os ressarcimentos e que os casos em que a entidade não fizer o ressarcimento serão enviados à Advocacia-Geral da União (AGU).

PT questiona no STF resolução de prestação de contas eleitorais Anterior

PT questiona no STF resolução de prestação de contas eleitorais

Tucanos pedem plebiscito sobre fusão do PSDB com Podemos Próximo

Tucanos pedem plebiscito sobre fusão do PSDB com Podemos

Deixe seu comentário