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Fecomércio pede rejeição de reajuste do piso pela Assembleia Legislativa

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A Fecomércio-RS divulgou uma nota oficial manifestando contrariedade ao reajuste de 8% no Piso Salarial Estadual proposto pelo Poder Executivo. A entidade argumenta que o aumento está muito acima da inflação acumulada entre dezembro de 2024 e abril de 2025, medida pelo INPC, que foi de 2,98%.
Segundo a nota, a proposta ignora as particularidades de cada setor e pode prejudicar as negociações coletivas. A entidade também lembra que o último reajuste do piso ocorreu há apenas cinco meses, em dezembro do ano passado, quando foi concedido um aumento de 5,25%. Para a Fecomércio-RS, dois reajustes em tão curto intervalo geram um impacto financeiro relevante para as empresas, especialmente em um momento de dificuldades econômicas.
A federação destaca ainda que o novo reajuste elevaria a diferença entre o piso regional e o salário mínimo nacional de 9% para cerca de 18%, sem fundamentos econômicos que justifiquem essa ampliação no contexto atual do Rio Grande do Sul, ainda de acordo com a entidade. O Estado, lembra a nota, ainda lida com os efeitos de dois eventos catastróficos recentes: a pandemia de covid-19 e as enchentes de 2024, que comprometeram infraestrutura, comércio e atividade produtiva.
No entendimento da Fecomércio-RS, o momento exige medidas voltadas à preservação de empregos, estímulo à economia e apoio à sustentabilidade dos negócios, principalmente os de pequeno e médio porte. Nesse sentido, o reajuste proposto é considerado inadequado, podendo agravar a situação das empresas locais, dificultar a geração de empregos e comprometer a recuperação econômica do Estado.
Ao final do comunicado, a entidade solicita que a Assembleia Legislativa rejeite o projeto de reajuste do piso regional.
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