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Investigação

CPI da CEEE Equatorial e RGE realiza oitiva com dirigentes de entidades empresariais

Raul Pereira - Diretores da Fiergs e da Farsul foram ouvidos pelos deputados na reunião de segunda-feira (6)

A CPI da CEEE Equatorial e RGE ouviu nessa segunda-feira (6) dirigentes de duas das principais entidades empresariais do Rio Grande do Sul. O objetivo, segundo o presidente do colegiado, deputado Miguel Rossetto (PT), foi compreender os desafios energéticos que o Rio Grande do Sul precisa superar para expandir o sistema e crescer nos padrões nacionais. 

Em setembro, a comissão de inquérito realizou oitivas com representantes de trabalhadores e de órgãos de fiscalização e, na próxima semana, deverá receber lideranças de entidades representativas do meio rural.

O representante da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul, Ricardo Pigatto, disse que as principais preocupações do setor são a segurança no suprimento de energia e a modicidade da tarifa. 

"A Fiergs é defensora das concessões, dos bons serviços e da fiscalização. Nossa preocupação é com a qualidade da entrega, ou seja, com a garantia de estabilidade, tensão e frequência dentro dos parâmetros", resumiu.

Mesmo mencionando prejuízos gerados pela paralisação de linhas de produção por interrupções de energia, ele revelou que as reclamações dos associados diminuíram no último período. 

"Nem todos os problemas são de responsabilidade das distribuidoras, mas são elas que fazem a interface na linha de frente com o consumidor", apontou.

Pigatto manifestou preocupação também com o peso dos subsídios, impostos e encargos na tarifa, que chegam a 52%. Já a distribuição representa 23%, e a geração o mesmo percentual na conta de luz. Outra preocupação do dirigente é com o excesso de geração por fontes intermitentes, que poderá colapsar o sistema.

O representante da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul, Valdir Matos, acredita que haverá melhorias no serviço, mas admitiu que o setor rural ainda não está satisfeito. 

"Exercemos uma cobrança sistemática e intensa para garantir a qualidade da entrega", apontou.

Ele considera que a RGE fez investimentos que permitem que o consumidor tenha uma percepção mais positiva do sistema. Já a CEEE Equatorial, em sua opinião, "assumiu um ativo que estava na UTI e, agora, está sendo levado para a sala de recuperação, onde deverá permanecer por mais um tempo".

Ele afirmou que a empresa vem fazendo investimentos na zona rural e que o maior desafio é a superação das falhas de comunicação com os clients.

Ordem do dia

Antes de ouvir os convidados, os integrantes da comissão de inquérito aprovaram cinco dos 10 requerimentos que constavam na ordem do dia. Os pedidos, apresentados pelo presidente da CPI e pela deputada Laura Sito (PT), determinam a realização de oitivas com dirigentes de entidades previdenciárias da CEEE (Fundação CEEE e Fundação Família Previdenciária), com o procurador responsável por inquéritos no Ministério Público do Trabalho envolvendo a empresa RGE e com o auditor fiscal do Trabalho da Superintendência do Ministério do Trabalho no Rio Grande do Sul Otavio Kolowski, além de solicitação de informações às concessionárias sobre os beneficiários da tarifa social.

Participaram da reunião os deputados Aloísio Classmann (União), Capitão Martim (Republicanos), Marcus Vinícius (PP), Luciano Silveira (MDB), Airton Artus (PDT), Issur Koch (PP), Professor Bonatto (PSDB), Elton Weber (PSB) e Laura Sito (PT), além do presidente da CPI.


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