O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025 revelou que o Rio Grande do Sul alcançou, em 2024, a menor taxa de mortes violentas intencionais da sua série histórica iniciada em 2012. Foram 15 casos por 100 mil habitantes, número que coloca o Estado como o quarto menos violento do país nesse tipo de crime, atrás apenas de três outras unidades da federação. Em 2018, o RS ocupava a oitava posição, com uma taxa de 22,3. A meta do governo é chegar ao primeiro lugar. 

Entre os crimes considerados mortes violentas intencionais estão os homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Em números absolutos, o Estado teve 1.687 vítimas em 2024, contra 1.982 no ano anterior — uma queda de quase 15%, desempenho superior à média nacional, que foi de 20,8 casos por 100 mil habitantes. O Anuário também destaca o RS por ter a menor taxa de roubo de celulares do Brasil. 

A redução dos índices é atribuída a investimentos em inteligência, planejamento, integração entre as forças de segurança e ações preventivas. O governo estadual destinou R$ 1,4 bilhão às secretarias da Segurança Pública e do Sistema Penal e Socioeducativo, que resultaram na entrega de viaturas, armamentos, helicóptero, botes, sistemas antidrone e escudos balísticos. Em maio, foram entregues 280 viaturas e anunciada a incorporação de 539 novos soldados à Brigada Militar. 

O governador Eduardo Leite afirmou que "nunca se colocou tanto esforço para incorporar novos efetivos". Ele lembrou que entre outubro e novembro mais de 350 soldados devem se somar à tropa e que há concursos em andamento para ampliar o efetivo ao longo de 2025. 

Em Bagé, conforme levantamento da reportagem, foram registrados sete homicídios entre janeiro e julho de 2025. O caso mais recente ocorreu no dia 19, quando um jovem de 19 anos foi morto com uma facada na rua Caetano Gonçalves, no Centro da cidade.