O 3º Encontro Técnico da Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim) acontece até quinta-feira (28), em Curitiba, com o objetivo de integrar instituições de segurança pública, compartilhar conhecimentos e definir estratégias de inteligência e investigação para desarticular grupos criminosos. 

O evento, realizado na sede do Ministério Público do Paraná e na Escola Superior da Polícia Civil, terá três dias de debates sobre temas atuais e estratégicos, como cadeia de custódia e vestígios digitais; uso da inteligência artificial na persecução penal; recuperação de ativos e gestão patrimonial; criptoativos e criminalidade econômica; operações interagências e redes colaborativas; além de parcerias com instituições bancárias e plataformas digitais na investigação criminal.   

Também serão discutidas novas tecnologias e metodologias de investigação, casos de sucesso, boas práticas no enfrentamento ao crime organizado, bem como desafios e perspectivas futuras. A programação inclui palestras, mesas-redondas e workshops, promovendo aprofundamento em áreas específicas e troca de experiências entre profissionais.  

Policiais civis das 27 unidades, delegados especializados, promotores de Justiça e juízes de garantias ou de varas voltadas ao crime organizado de todo o país participam do encontro.   

Para o titular da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Mario Sarrubbo, a Renorcrim é fundamental para uma política pública eficaz de combate às organizações criminosas. Ele destacou que a integração entre forças estaduais e federais é essencial para resultados concretos. “O crime organizado está integrado, e somente ações coordenadas permitirão eficiência. A Renorcrim é um passo essencial nesse sentido”, afirmou.   

Rodney da Silva, diretor de Inteligência e Operações Integradas (Diopi), acrescentou que o enfrentamento efetivo depende da colaboração entre forças de segurança, Ministério Público, Judiciário e sociedade.