A Câmara de Vereadores de Bagé sediou, na quarta-feira (25), uma plenária pública para discutir propostas que irão compor o novo Plano Municipal de Saúde. O evento reuniu cerca de 70 pessoas, incluindo autoridades, profissionais da Saúde e representantes da comunidade. Entre as principais demandas apontadas estão a necessidade de equipes completas e melhor estrutura nas Unidades Básicas de Saúde, além da ampliação de exames e da implantação de equipes multiprofissionais.  

Na atenção especializada, foi destacada a importância de reduzir filas de espera e de melhorar o acesso a especialidades como neurologia, psiquiatria, cardiologia e psicologia. Também houve forte reivindicação pela ampliação de exames como tomografia e ressonância, além da criação de um centro para atendimento de ISTs e doenças como HIV, hepatites e tuberculose.  

O atendimento de urgência e emergência também foi tema de críticas. Segundo os dados apresentados, 53,9% dos participantes consideraram o serviço da UPA e do Pronto-Socorro insatisfatório. Como resposta, foi anunciada a implantação de uma farmácia 24 horas junto à UPA, ação que já está em fase de execução, segundo a secretária de Saúde, Terezinha Ricaldone. Ela destacou que o momento de escuta foi fundamental para garantir avanços concretos e reforçou o compromisso da gestão em atender as demandas da população.  

Além disso, outras propostas surgiram durante o encontro, como a criação de um Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), o retorno do ônibus do Tratamento Fora de Domicílio (TFD), a instalação de um Centro de Reumatologia e ações voltadas a grupos em situação de vulnerabilidade social.   

A atividade foi conduzida por Juliani Morais dos Santos, da Vigilância em Saúde do Trabalhador, e contou com a presença de representantes do Conselho Municipal de Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde, da Câmara e de outras instituições. Também contou com a palestra da enfermeira e consultora Maria Carolina Pinheiro, que abordou o papel do controle social e dos conselhos de saúde na gestão pública. Para o presidente do Conselho, Milton Brasil, o evento foi uma oportunidade para a população exercer seu direito à participação nas decisões sobre as políticas públicas de saúde.