Júri
Réus negam que tenham matado vítima a pauladas

Luciano Madeira - Dupla foi condenada também por corrupção de menor
Aconteceu nesta terça-feira, 17, no salão do Tribunal do Júri, o julgamento de Deivison Artigas Machado, 23 anos, natural de Bagé, e Ruan Maickol Costa Lacasaña, 31 anos. Os dois são moradores do bairro Santa Cecília. Deivison foi condenado a uma pena de 16 anos e quatro meses. Isso em regime fechado. Já Ruan foi condenado a 22 anos, também em regime fechado. Ambos por homicídio e corrupção de menor.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, no dia 16 de abril de 2023, por volta das 21h, os dois, acompanhados de um menor de idade, na rua Bernardino Giorgis Sobrinho, no bairro Santa Cecília, agrediram a vítima Diego Pereira Chaves, que morreu devido às lesões no dia 17 de abril.
Segundo o Ministério Público, Chaves estava indo para a casa da mãe quando foi surpreendido pelos acusados, que, armados com um pedaço de madeira, desferiram vários golpes, e só pararam com as agressões quando a companheira da vítima interveio.
Mesmo ferido, Diego Pereira Chaves foi até a casa da mãe, mas decidiu voltar para a casa da companheira, quando foi novamente atacado e agredido pelos réus. Por causa dos ferimentos, Chaves foi levado para a Santa Casa de Caridade de Bagé, onde morreu na madrugada do dia 17, não resistindo aos ferimentos.
Churrasco de aniversário
A primeira a ser ouvida foi a ex-companheira de Chaves, que, pelo fato de não estar morando mais em Bagé, prestou depoimento por videoconferência e pediu para falar sem a presença dos réus, pois se sentia constrangida.
A mulher disse que, naquele dia 16 de abril, era seu aniversário e houve um churrasco em sua casa. Em determinado momento, Diego tinha bebido demais, estava bêbado e os dois tiveram uma briga. Ele disse que ia arrumar suas coisas e ir para a casa da mãe.
A ex-companheira disse que, nesse momento, apareceu uma vizinha e começou a discutir com Chaves. Foi quando ela deu um tapa na cara dele, mas ele não reagiu. O que ele fez foi apenas dar um empurrão nela e falar: “Vai embora, fofoqueira”. Foi quando vieram os dois acusados correndo e começaram a agredi-lo. “Eu me meti e mandei eles pararem com aquilo, e o Diego foi para a casa da mãe dele”.
Segundo o depoimento da ex-companheira da vítima, ela estava em casa e viu que a vítima estava vindo para o local novamente, “mas eu não vi o momento em que agrediram ele de novo. Eu fui ver o que estava acontecendo e ele estava caído no campo, bastante machucado e desorientado. Eu levei ele para minha casa e pedi para o meu filho ir chamar a mãe dele, mas quem veio foi uma irmã. E dali levamos ele para a Santa Casa”, afirmou.
Na sequência, foi ouvido o delegado responsável pelo inquérito. Depois, foi ouvida uma irmã da vítima e duas testemunhas arroladas pela defesa do réu Deivison Artigas Machado.
No início da tarde, foram ouvidos os réus, que negaram terem matado Diego Pereira Chaves. Na acusação, atuou a promotora Ângela Hackbart Conde, tendo na assistência de acusação o advogado Natanel Almeida. Na defesa do réu Deivison Artigas Machado atuaram o defensor público Marcus Vinicius Becker e o advogado Iristi Arce Chibiaque. Já na defesa do réu Ruan Maickol Costa Lacasaña, atuou o advogado Iristi Arce Chibiaque.
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