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Pavimentação

Obra RSC-473 é da morosidade e de controvérsias

Luciano Madeira imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Obra em passos lentos, quase parando

A pavimentação do pequeno trecho da RSC-473, que liga Bagé a Lavras do Sul, tinha promessa de terminar no ano passado. No entanto, até agora, isso não ocorreu e existem diferentes versões para a obra inacabada. O que de fato aconteceu foi que, no dia 2 de setembro de 2021, o governador Eduardo Leite, acompanhado do secretário dos Transportes, Juvir Costela, e um séquito de políticos, estiveram nessa estrada para anunciar a pavimentação de 22 quilômetros.

O investimento informado na ocasião era de mais de R$ 35 milhões, com recursos do Tesouro do Estado. A execução da obra é de competência do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). E a conclusão da pavimentação de 22,7 quilômetros era para ser até o fim de 2022, como foi dito no ato - com a presença do governador e políticos da região. Ocorre que já são quase quatro meses, desde o início do ano de 2023, e o que foi dito permanece no campo da promessa.

Versões e contradições
Com propriedade nesse trecho que ainda não foi pavimentado, a ex- vereadora e atual assessora de Relações Institucional Prefeitura, Sonia Leite, falou que a obra está em andamento. Ela contou que se reuniu com a secretária-adjunta de Obras Públicas do Estado, Zilá Breitenbach, para tratar sobre esse assunto.

O presidente do PSDB-Agro do Rio Grande do Sul, Leonardo Martins, participou dessa reunião. Por telefone, de Porto Alegre, ele relatou ao Folha do Sul que Zilá disse que o Estado tem dinheiro, mas que as empresas licitadas não têm máquinas suficientes para executar a obra.

Martins falou que, nos próximos dias, o governo vai adquirir máquinas. Além disso, vai reestruturar parcerias com empresas que tenham máquinas suficientes para realizar esse tipo de obra.

Sonia comentou que, nessa reunião, os representantes do Estado admitiram que não tinham ideia do que representa essa estrada para a região, por todo o fluxo que passa por essa via. Segundo ela, foi informado que a obra seria com asfalto frio e, agora, foi feito um projeto para que a pavimentação seja com asfalto quente, que é mais forte.


Prazos vencidos
Já o advogado Luís Diego Soares, que é um dos maiores articuladores para que essa obra saia do papel, falou que o serviço está sendo executado de forma lenta e os prazos para a entrega já foram vencidos.

Diferente do que foi relatado acima, Soares contou que, no final de semana passada, ao passar pela estrada, foi possível observar algumas máquinas trabalhando. “Dá para notar que, nesses meses, a obra deu uma avançada, porque tem um número maior de maquinário e de pessoas trabalhando, mas, pelos prazos iniciais, a obra já era para estar pronta”, disse.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Departamento Autônomo de Estradas e Rodagens (Daer), mas, até o fechamento da edição, não obteve resposta.


Na gestão de Tarso

A pavimentação dessa estrada começou na gestão do ex-governador Tarso Genro (PT). Estão nos arquivos dos jornais, políticos nos meio das obras em andamento, na época. De concreto, o que restou daquela época foram retalhos de uma obra inacabada e bate boca de políticos de diferentes partidos sobre essa estrada.

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