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TENHO CUIDADO COM AS DECISÕES E SENTIDO A CENSURA

Contando alguns fatos, que leio aqui, ali e acolá, que mostram claramente que existe uma orquestração no sentido do retorno da censura ao Brasil. As diversas formas de tentativa de censura que já contei para os leitores, não vou repetir. Conto fatos novos. A governadora do Pará (Ana Júlia Carepa, PT) tenta abolir a propriedade privada no campo há muito tempo. Na última semana, o IBAMA, dentro da operação “Boi Pirata”, criação do Ministro Carlos Minc, confiscou 600 cabeças de gado que estavam em área de preservação. Até aí, não opino, faz parte de um plano de governo. Acontece que os jornalistas da Band, que estavam presentes gravando as cenas, foram detidos pelos fiscais, que tinham o reforço de homens armados da Força Nacional de Segurança. Foram escoltados para a sede da operação, a sala do coordenador do IBAMA. Pelas declarações, houve ameaça de apagar a gravação da reportagem, porque não tinham autorização do chefe do setor. O mais importante em tudo é que o gado foi transportado para a Bahia, distante do local da apreensão, a um custo aproximado de 3 milhões de reais. Se o gado tivesse sido vendido no Pará, a arrecadação não passaria de 300 mil, pelo preço de mercado. A justificativa do chefe do setor é que na Bahia usariam o produto confiscado para “melhoramento genético”. Não estou afirmando que a operação estava ou não fora de lei. Estou contando um fato em que a imprensa não pode trabalhar. Que tipo de operação legal proíbe a divulgação pelos meios de comunicação? Estamos ou não vivendo um período anormal em nossa incipiente democracia? Ou continuo vendo “chifre em cabeça de cavalo”? 

BELO EXEMPLO ESTÁ DANDO O ESTADÃO  

Não aceitou a ‘gentileza’ da família Sarney, que quis retirar o processo contra o Estadão. O jornal não aceitou a ‘gentileza’ da família Sarney e optou por continuar com a ‘censura’ aplicada pela Justiça a pedido do clã. A ‘gentileza’ da família Sarney em retirar o processo que mantém censurado o jornal completou 6 meses. O proprietário do famoso meio de comunicação quer ir até o fim. Quer que a Justiça decida e não fique em cima do muro como até agora parece que ficou. Sabe, por conhecer a peça, que atrás da retirada do processo tem a tentativa de “arreglo”. O juiz Dácio Vieira, ligado à família Sarney, foi quem proferiu a sentença. O Supremo lavou as mãos e enviou para ser julgado no Maranhão. O velho Sarney sabe que lá ele ganhará porque está minado de gente que foi nomeada por ele mesmo. Ficaria mal para sua “reputação”. O Estadão sentou os garões no chão e afirma: “quero a continuação do processo”. Vai demorar? Claro que vai. Porém, marca uma posição de liberdade de imprensa, que só sabe quem viveu nas ditaduras de Getúlio e de 1964. Precisamos estar atentos, e venho advertindo e contando fatos que muitas vezes não chegam ao conhecimento do leitor. As instituições brasileiras podem estar a perigo se não reagirem a determinados fatos, aparentemente inocentes.  

Querem apostar? Ninguém quis. Eu afirmei que não iria dar em nada. E não deu. Até hoje está tudo parado. A matéria que publiquei acima foi de minha coluna do (02-02-2010). Ou seja, quase 15 anos se passaram. As ameaças de censura continuam até hoje e parte de gente do alto escalão dos poderes do Brasil. Serve como luva para mostrar a realidade do sistema político do Brasil. Concordam ou não?

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