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Ômicron e H3N2: 'É possível que já estejam circulando'

Arquivo/FS - Necchi explicou que casos graves de gripe são menores do que de covid-19

Casos de ômicron, a nova variante do coronavírus, e de H3N2, a nova influenza, têm gerado bastante preocupação. E, agora, a confirmação do primeiro caso, no Estado, de co-infecção (um jovem de 21 anos está com os dois vírus) acende ainda mais o alerta. Isso porque o período é de viagens, o que faz com o que os vírus sejam disseminados muito mais rápido. O secretário-adjunto de Saúde, o médico Ricardo Necchi, afirmou que, em Bagé, ainda não há confirmação de nenhum dos dois vírus, porém ele não descarta a presença da Ômicron e da Influenza H3N2. "É possível que já estejam circulando".

A fala é justificada pelo fato de que muitos bageenses têm viajado e, consequentemente, acabam trazendo os vírus para a cidade. Além da velocidade de contaminação, há dois fatores que preocupam o médico, que desde o início da pandemia esteve na linha de frente no combate ao coronavírus: a média cobertura da vacinação contra a gripe e o fato de que muitos não estão querendo completar o esquema de imunização contra a covid-19. Sobre a covid-19, ele enfatizou que, mesmo se contaminados pela nova variante, atualmente só adoecem gravemente quem não completou o esquema.

Em síntese, ele afirma que é possível observar uma rapidez na disseminação do vírus, com aumento expressivo de casos - no hemisfério norte é o maior desde o início da pandemia -, mas uma doença bem menos agressiva. Porém, reiterou que isso é apenas porque a maioria das pessoas está vacinada. As pessoas não têm necessitado de internação, e acabam se recuperando em casa . Ainda assim, o médico afirma estar preocupado justamente porque as pessoas parecem não estar: seguem em festas e não deixam de viajar. Ele ponderou que, talvez, "quando começar a adoecer todo mundo" essa postura seja repensada. "Eu espero que não seja tarde demais", disse, ao pedir que, pelo menos, essas pessoas recorram à vacinação completa.

Necchi comentou que, se não fossem as viagens, a taxa de contaminação estariam muito baixa, com uma ou duas confirmações por dia. Porém, como há viagens e, justamente neste período, com a nova variante, isso aumentou, Bagé logo estará na mesma situação de outras cidades, com vários casos. Por fim, o médico reiterou que a única esperança diante da rápida contaminação é a vacinação. Ele garantiu que, atualmente, só adoecem gravemente aqueles que não se vacinaram. Nos demais, a infecção é mais leve e há bem menos risco de óbito.


Influenza pode levar ao óbito

Necchi ponderou que a H3N2 é grave, e que também leva a óbito. Porém, enfatizou que não se compara a covid-19. "A quantidade de pessoas que adoecem gravemente é bem menor", disse. Mas lembrou que a média cobertura de vacinação contra a gripe é preocupante. Ainda que a vacina não cubra a H3N2, lembrou ele, os especialistas afirmam que ajuda sim no enfrentamento da doença. Ele disse acreditar que entre abril e maio, muito possivelmente, uma nova vacina irá garantir maior segurança, e mais uma vez mencionou que espera que a população busque pela imunização.


Características

O médico garantiu que a H3N2 é uma gripe e, assim, já difere bastante da covid-19. Ou seja, os sintomas são exclusivamente gripais. Porém, frequentemente pode levar a um quadro de pneumonia e infecção respiratória grave, inclusive sendo necessário recorrer à ventilação mecânica. E há, assim, risco de morte. Sobre a co-infecção, ele disse que esse sim é um quadro preocupante. E reiterou que é preciso, diante dessa possibilidade, ir até os pontos de vacinação. "Hoje, a covid-19 grave é uma doença de pessoas que não têm seus esquemas de vacinação completos", pontuou.


Flurona

A co-infecção por coronavírus e H3N2 é chamada de flurona e já foi registrada em 10 Estados e no Distrito Federal. O primeiro caso de co-infecção foi confirmado no Rio Grande do Sul pelo Laboratório Central do Estado (Lacen) e se trata de um jovem de Porto Alegre de 21 anos. Ele apresentou sintomas gripais leves e não precisou de hospitalização. Vale mencionar que a maioria dos casos de co-infecção são de pacientes que não se vacinaram contra a gripe.

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