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Entidades se manifestam sobre carta aberta à democracia

Reprodução/Jovem Pan - Empresários assinaram o manifesto

Um variado grupo de empresários aderiu a uma carta em tom duro em defesa da democracia brasileira e ao sistema eleitoral nesta terça-feira, 26. O manifesto, que vem sendo gestado na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e circula desde a semana passada, ganhou assinaturas de peso no mundo empresarial e financeiro. O jornal Folha do Sul procurou as principais entidades do setor para saber o posicionamento de cada uma delas.

A polêmica reunião entre o presidente Jair Bolsonaro e embaixadores de vários países, na qual o presidente da República colocou em dúvida o sistema eleitoral do Brasil, impulsionou o movimento de defesa do sistema eleitoral, apesar da dificuldade em se costurar um consenso entre empresários de diferentes inclinações políticas.

No entanto, o texto final faz uma defesa clara do regime democrático, deixando claro que todos os Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) devem trabalhar para proteger o que diz a Constituição Federal. O texto afirma ainda que houve ações que colocam em "perigo a normalidade democrática". Além disso, a carta termina com a frase "Estado democrático de direito sempre" escrita em letras garrafais.

A reportagem procurou a Associação Comercial e Industrial de Bagé (Aciba), uma das entidades de classe que representa o empresariado bageense. Conforme o vice-presidente, Eduardo Soares, a Aciba é uma entidade apartidária e que acredita na democracia. Ele também apontou que há vantagens e falhas no atual sistema eleitoral brasileiro. "Nós somos uma associação apartidária que trabalha para defender os direitos dos empresários. Acreditamos na democracia como instrumento para que todos possam expressar as suas ideias, sendo assim, até que possam ser geradas provas concretas de que nosso sistema eleitoral não é seguro, cabe a nós acreditarmos, salientando que a tecnologia por mais segura que seja, podem sim ter as suas vulnerabilidades", disse.

Ele ainda ressalvou a liberdade de escolha para apoiar ou não o movimento. "Acreditamos ser um movimento legítimo que é facultado o apoio, embora nesse momento, não consigamos saber na sua essência qual o verdadeiro objetivo principal", falou Soares.

A reportagem também procurou a direção do Sindicato do Comércio Varejista de Bagé (Sindilojas), mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

Entenda

Conforme o Estadão informou na última quarta-feira (20), empresariado e juristas se articulavam para unir forças em uma mobilização que terá como ápice um ato no dia 11 de agosto, nas arcadas do Largo de São Francisco, em defesa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e da democracia brasileira.

O texto que ganhou adesão do empresariado não faz menção expressa ao presidente Jair Bolsonaro, mas afirma que o país está "passando por um momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições".

Entre os nomes que assinaram o texto estão o de Roberto Setubal e Cândido Bracher (Itaú Unibanco), representantes da indústria como Walter Schalka (Suzano) e de empresas de bens de consumo como Pedro Passos e Guilherme Leal (Natura).

Assinaram a carta também Eduardo Vassimon (Votorantim), Horácio Lafer Piva (Klabin), Pedro Malan (ex-ministro da Fazenda do governo Fernando Henrique Cardoso), o economista José Roberto Mendonça de Barros, o cineasta João Moreira Salles e o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello.


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