Produtores rurais se juntaram para pedir a securitização das dívidas no Estado.  mobilização iniciou nessa terça-feira, dia 20, em frente ao posto da Polícia Rodoviária Federal. Os produtores garantem que não irão interromper o trânsito e também afirmam não ter data para deixar o local.  

Os protestos têm acontecido em diversas regiões do Rio Grande do Sul, pedindo pela securitização, que permitiria facilitar acesso aos créditos e alívio financeiro aos agricultores. O empresário e produtor rural, João Ferreira explica que, na região, são três safras de verão e duas safras de inverno, na qual o produtor não obteve renda suficiente para quitar as suas contas.  

Dessa forma, os produtores pedem ao governo federal para atuar na renegociação das dívidas, apresentando soluções concretas, tendo também afirmado que faltam políticas de amparo ao setor.  

O produtor rural Cleber Zuliani Carvalho defende que não é o momento de brigas políticas. “A gente não pode colocar aqui ideologias políticas. A gente tem que pensar na função socioeconômica”, defende.  

Em detalhes 

A securitização das dívidas dos produtores rurais é a transformação dos créditos rurais contratados até junho de 2025 em títulos negociáveis no mercado, com garantia do Tesouro Nacional. Dessa forma, age como um mecanismo vital para injetar recursos no setor, permitindo que os produtores retomem suas atividades.   

O projeto que prevê a securitização foi proposto pelo senador Luiz Carlos Heinze (Progressistas) e foi aprovado por unanimidade no Senado. Já na Câmara dos Deputados, Afonso Hamm (Progressistas) está solicitando a relatoria do projeto para apresentar na Casa.  

Zuliani fala que, na bancada gaúcha, grande parte dos políticos que estão do lado do agro, porém que ainda precisam de maior adesão. “Se todos os vereadores de todos os municípios do Rio Grande do Sul forem à Brasília, nós teremos uma representatividade muito maior”, defende. 

Outras demandas também são pleiteadas, como melhorias no seguro agrícola, o pro agro, taxas e juros.