Entre os dias 17 e 19 de maio, o Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul realizou a vistoria de 459 propriedades rurais em um raio de até dez quilômetros do foco de gripe aviária identificado em Montenegro. Isso representa 84% das propriedades previstas para inspeção. As ações fazem parte da resposta emergencial coordenada para conter a disseminação do vírus da influenza aviária.  

Na segunda-feira (19/5), também foram concluídas as instalações das sete barreiras sanitárias, que agora operam em tempo integral. A partir de terça-feira (20/5), as equipes iniciam uma nova etapa do trabalho, revisitando as propriedades localizadas dentro do raio de três quilômetros, especialmente aquelas com presença de aves, conforme o Plano Nacional de Contingência de Influenza Aviária.  

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou que o laudo da suspeita em análise pelo laboratório oficial em Campinas (SP) resultou negativo. Ainda assim, o monitoramento e a vigilância continuam intensificados na região de Montenegro, para evitar novos focos da doença e garantir a biossegurança das criações avícolas.  

A gripe aviária é uma doença viral que atinge principalmente as aves, podendo, em casos raros, infectar mamíferos e humanos. A transmissão ocorre pelo contato com animais contaminados ou superfícies infectadas, mas não há risco no consumo de carne de aves e ovos, segundo o Serviço Veterinário Oficial do RS. Casos suspeitos devem ser comunicados imediatamente à Seapi por canais oficiais.  

O balanço detalhado até 19 de maio mostra que, das 459 propriedades vistoriadas, 30 estão no raio de três quilômetros e 429 no raio de dez quilômetros, incluindo uma granja de recria. As ações contam com o trabalho de 149 servidores, entre fiscais da Seapi, Ministério da Agricultura, Prefeitura de Montenegro, Brigada Militar e Corpo de Bombeiros. A mobilização reforça o compromisso do Estado com a prevenção e o controle da doença.