Diagnóstico
Levantamento aponta condições das lavouras e do rebanho

Mário Piovesan/Especial FS - Milho já está sendo colhido no Rio Grande do Sul
Teve início a colheita de milho no Estado, apesar da cultura apresentar perdas irreversíveis devido à estiagem, principalmente no Norte do Rio Grande do Sul. Na região Sul não foram registradas perdas, pois a cultura do milho foi favorecida pela chuva. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar, 17% das lavouras de milho estão em maturação, 32% em enchimento de grãos, 19% em floração, 31% em germinação e desenvolvimento vegetativo. Atualmente 92% das áreas foram semeadas e 1%, colhidas.
De todas as culturas de verão, as lavouras de milho são as mais prejudicadas pelo quadro climático, e os sintomas de estresse são um número maior de folhas amareladas. Na região da Campanha o quadro é menos grave e o retorno das chuvas possibilitou a retomada do plantio das lavouras para subsistência, operação que se estenderá até o fim de dezembro.
Soja
De acordo dados dos levantamento, o plantio de soja pouco avançou no estado devido à estiagem, principalmente na metade Norte do Rio Grande do Sul. As áreas implantadas correspondem a 91%, o que representa 5,8 milhões de hectares, dos quais 5% estão em floração. Em regiões produtoras com maior déficit hídrico, a cultura nesse estágio demonstra sinais de perda de potencial produtivo.
Arroz
O plantio está praticamente concluído, e 8% das áreas encontram-se em floração, favorecida pela luminosidade. Produtores manejam as lavouras, que apresentam bom desenvolvimento.
Bovinocultura de leite
Além da diminuição da oferta de forragens devido à falta de chuvas, as temperaturas elevadas estão prejudicando o bem-estar animal, diminuindo o tempo de pastejo em função do calor e provocando queda na produção de leite. O clima seco da semana facilitou o controle da qualidade do leite, mantendo ou melhorando os índices legais exigidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Nos confinamentos, ainda há necessidade de ventilação e aspersão de água a fim de amenizar o calor, o que eleva o custo de produção em função da energia elétrica empregada neste manejo.
Ovinocultura
Apesar da baixa oferta forrageira, devido à falta de chuvas, o rebanho ovino segue com boas condições produtivas. O uso das pastagens cultivadas foi intensificado, a fim de ampliar o índice de ganho de peso dos cordeiros que serão ofertados para comercialização de final de ano. Já os produtores que utilizam apenas áreas de campo nativo estão suplementando com concentrados, tanto os cordeiros quanto as matrizes que serão encarneiradas. A esquilagem dos ovinos está sendo finalizada, e o período de encarneiramento já iniciou em algumas regiões, principalmente do rebanho laneiro.
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