BAGÉ WEATHER

A VELHA CASA DA MÃE JOANA NA ATIVA AINDA

imagem ilustrativa

Esse sempre foi um jargão usado pelas pessoas quando queriam mostrar a desordem ou (no português bem claro, a esculhambação) nos órgãos públicos. Pois, cá pra nós, é o que dá a impressão cada vez que leio uma matéria sobre as ‘vigarices’ que aconteceram no INSS. Digo aos leitores que nem em ‘boteco’ ou armazém do passado se via tanta balbúrdia. É claro que, quem assim procede, quer enredar o rastro de possíveis investigações. Hoje já atinge quase 90 bilhões. Então, podem crer: ‘tem muita coisa para vir à tona’. Então vamos esperar e acompanhando os acontecimentos.  

Manchete do Correio Braziliense de ontem (06-05-2015). Leia: 

“INSS firmou acordos com entidades que não provaram estrutura para atender segurados. CGU apontou em relatório divulgado na terça-feira (6/5) que associações chegaram a registrar 250 mil filiações em um mês sem comprovar capacidade mínima de operação.  

Das 29 associações visitadas pela CGU, 66% não apresentaram qualquer informação sobre filiais ou rede de atendimento. (Crédito: Divulgação / INSS). A Controladoria-Geral da União (CGU) apontou em relatório divulgado nessa terça-feira (6/5) um novo foco de irregularidades nos acordos firmados entre o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e entidades de aposentados e pensionistas. Fraude em aposentadorias no Distrito Federal gerou prejuízo de 56 milhões em 9 meses. De acordo com auditoria realizada entre abril e julho de 2024, o INSS firmou Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) com diversas associações sem avaliar de forma efetiva se essas organizações possuíam estrutura adequada para atender o número de filiados que diziam ter. Das 29 associações visitadas, 66% não apresentaram qualquer informação sobre filiais ou rede de atendimento. Mais da metade (52%) não possuía funcionários próprios, operando com mão de obra terceirizada ou informal, mesmo atuando em diferentes unidades da Federação.  

Apesar disso, parte das entidades conseguiu registrar mais de 250 mil novos associados em um único mês, número que exigiria mais de 1,5 mil adesões processadas por hora, algo operacionalmente inviável sem uma estrutura robusta. A CGU constatou que o INSS se limitava a aceitar manifestações autodeclaratórias das entidades no momento da assinatura dos ACTs, sem exigir documentos comprobatórios como balanços patrimoniais, contratos ou registros de pessoal”. 

VOLTEI. Vou continuar perguntando: e a fiscalização, onde estava? Será que tinham interesse em fiscalizar? Porque o sistema montado, cá entre nós, era de alto nível. Tanto é verdade que, por denúncia ou não, quando veio à tona, em ‘dois toques’ estão colocando a público toda a roubalheira. Mas, atenção: isso pode ser um presságio de que o ‘rombo’ é muito maior. Mas muito mesmo. Que jeito irão chegar ao início da falcatrua? Isso vai demorar muito, penso eu. Tanto é verdade que, todos os dias, vem nova informação sobre o rombo. Era de pouco mais de seis bilhões e tem comentarista profissional que afirma já ter chegado a mais de 90 bilhões. Só tem uma maneira de tentar amenizar o problema: diminuir a máquina pública e segurar a despesa geral (inclusive diárias de viagem) por um tempo, até chegarem à conclusão de que o caixa está se ajeitando. Mas estamos em ano pré-eleitoral. Os candidatos precisam de dinheiro para a campanha. E aí vem à tona um jargão popular: vão-se os anéis, mas ficam os dedos. Diminuição da máquina pública é um tema que repito há muito tempo. Agora, pagar os aposentados que foram roubados, creio que dá para propor abrir uma poupança com os valores mensais e com rendimentos. Mas eu sou um senil metido a sabido. Quem dá bola? 


A VELHA CASA DA MÃE JOANA NA ATIVA AINDA Anterior

A VELHA CASA DA MÃE JOANA NA ATIVA AINDA

ROUBALHEIRA QUE APELIDARAM DE CORRUPÇÃO Próximo

ROUBALHEIRA QUE APELIDARAM DE CORRUPÇÃO

Deixe seu comentário