Incidentes na final podem levar Inter-SM a julgamento no TJD
O que lemos na imprensa escrita é versão moderna do samba do crioulo doido

Vamos ao tema de hoje, pra variar/política:
Sergio Porto, jornalista famoso já falecido, deixou sua participação marcada na imprensa profundamente. Vou abordar apenas duas obras: FEBEAPA (festival de besteiras que assola o país) e samba do crioulo doido. os títulos irão mexer com a cabeça dos mais antigos e fazê-los pesquisar e analisar os fatos. Podendo comparar com os processos de Dilma e, após, de Lula. Vou colar a matéria do Correio Braziliense de ontem, para sua análise: As defesas negam atuação de Bolsonaro e generais no golpe. "Advogados tentaram desacreditar a delação de Mauro Cid, considerada frágil, incoerente e até fabricada sob pressão, embora a própria defesa de Cid tenha negado coação", observa o jornalista do CB. “No segundo dia de julgamento de Jair Bolsonaro e demais sete réus acusados de integrarem o núcleo crucial da trama golpista, ontem, na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, os advogados de defesa do ex-presidente e dos generais Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto negaram qualquer participação dos acusados na trama que resultou na tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023, quando centenas de bolsonaristas vandalizaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF. Foi um dia em que os advogados brilharam na defesa oral de seus clientes, ao aproveitar todas as brechas da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e as contradições da "delação premiada" do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, considerada um relato contraditório, insuficiente e não confiável. No caso do ex-presidente, os advogados Celso Vilardi e Paulo Cunha Bueno sustentaram que ele não atentou contra a democracia, não participou da elaboração de minutas golpistas nem incitou atos violentos — e que estava em Miami, nos Estados Unidos, no 8 de janeiro. Segundo Vilardi, Bolsonaro foi "dragado para esses fatos" sem que houvesse qualquer prova de sua participação. A defesa insistiu que não há vínculo entre o ex-presidente e operações investigadas pela PF, como a Punhal Verde Amarelo ou a Operação Luneta. Para reforçar a tese, os advogados destacaram que nem mesmo o delator Mauro Cid atribuiu a Bolsonaro participação direta nessas articulações. Outro eixo da argumentação foi o questionamento da própria delação. Vilardi apontou que Cid "mudou de versão várias vezes". Como no primeiro dia do julgamento, os advogados acusaram o STF de acelerar indevidamente o processo e cercear o direito de ampla defesa ao disponibilizar provas volumosas — mais de 70 terabytes — sem tempo hábil para análise. Bolsonaro, insistiram os advogados, deixou a Presidência em 31 de dezembro de 2022 e conduziu a transição para o governo Lula de maneira regular. Inclusive promoveu o contato entre os novos ministros e os comandantes militares, o que seria incompatível com um plano golpista. Destacaram que, ainda presidente, ele ordenou que os caminhoneiros liberassem as estradas bloqueadas após o resultado eleitoral.
Já a defesa de Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e candidato a vice na chapa de Bolsonaro, em 2022, adotou linha semelhante. O advogado José Luís Oliveira Lima afirmou que não há provas concretas contra seu cliente e que a delação de Cid "não fica em pé de jeito nenhum". (...)
Advogado de Augusto Heleno, Matheus Mayer Milanez buscou afastar seu cliente das acusações de participação no núcleo estratégico. Ele criticou o ministro relator Alexandre de Moraes, com o argumento de que juiz não pode se transformar em inquisidor. Negou que o general tenha pressionado militares por adesão ao golpe ou usado a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em ações clandestinas. (...)
Andrew Fernandes, advogado encarregado da defesa do general Paulo Sérgio Nogueira, sustentou que o ex-ministro da Defesa tentou demover Bolsonaro de iniciativas golpistas. Disse que seu cliente sempre honrou as Forças Armadas e que não há provas de sua participação em articulações. (...)
A tentativa de desacreditar a delação de Mauro Cid, considerada frágil, incoerente e até fabricada sob pressão, embora a própria defesa do militar tenha negado coação. Todos os advogados sustentaram que há ausência de provas documentais ou testemunhais robustas que vinculem diretamente seus clientes à preparação de um golpe de Estado. (...)
A PGR aponta Bolsonaro como líder de uma organização criminosa responsável por cinco crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A PGR sustenta que o ex-presidente tinha "plena consciência e participação ativa" na trama e que os generais desempenharam papéis decisivos, seja coordenando ações violentas, articulando apoio militar ou atuando no núcleo estratégico. Na próxima terça-feira, o julgamento será retomado, com a apresentação do voto do relator Alexandre de Moraes. Nesse ínterim, intensificam-se as pressões da Casa Branca contra o Supremo e as articulações no Congresso para anistiar os que forem condenados logo após a conclusão do julgamento.” Voltei. A semelhança entre o andamento do processo de Lula e agora de Bolsonaro abre a brecha para um leigo como eu imaginar o empate técnico. Tá tão parecido que basta mudar os nomes.
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