Nada está tão ruim que não possa piorar – calem a boca, evitem o pior

Eu gostaria de ter dinheiro (quem não gosta?) para comprar esparadrapo suficiente para tapar a boca de muitos políticos que só se manifestam para dizer besteira, e ninguém aparece para contestá-los. O mundo está em ‘polvorosa’ e dividido em dois temas malucos, por manifestações políticas não aconselháveis em momento conturbado. Por que estamos em guerra? Ora, em busca de poder. Cada dia mais ofensas de um lado e de outro. Ou seja, precisamos ‘tapar a boca’ de alguns políticos. De lá e de cá. As provocações estão chegando e as respostas condizentes estão voltando com muito ‘veneno’. Temas antigos são abordados como atuais. Isso tudo em busca de interesses políticos e econômicos.
O tema agora é antigo e volta à tona: Mais Médicos. Claro, a maioria são de Cuba, e todos sabem — se não sabem, vão saber — Estados Unidos e Cuba estão em debate, não amistoso, há muito tempo. A juventude brasileira não sabe, não viveu na época; o que os mais jovens devem saber é o que lhes contam. Pois bem, a mais nova etapa da ‘pendenga’ entre Brasil e Estados Unidos é o projeto ‘Mais Médicos’. Então vou colar a matéria do Correio Braziliense de ontem, quinta-feira. Leia:
Trump agora ataca o Mais Médicos e revoga vistos. A matéria foi publicada no X (antigo Twitter), outra pauta de discussão entre Lula e o titular agora do X. Dizem também que o Trump é sócio. Então vamos à matéria do CB: ‘Em publicação no X, Marco Rubio afirma que a nova agressão tem a ver com medidas de Washington contra Cuba. Para o secretário de Estado dos EUA, programa é "cúmplice do esquema de exportação de trabalho forçado do regime" de Havana. Trump e Rubio: nas redes sociais, secretário de Estado norte-americano reforçou a acusação de que Bolsonaro sofre perseguição política’.
O governo dos EUA revogou, ontem, os vistos de Mozart Júlio Tabosa Sales, atual secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e de Alberto Kleiman, ex-integrante da pasta e atualmente diretor da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) para a COP30. Os dois participaram da concepção e operacionalização do programa Mais Médicos, atacado pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio. Em publicação no X (antigo Twitter), ele justifica a medida como uma consequência do endurecimento de medidas tomadas por Washington contra o regime de Cuba — de onde vieram vários profissionais da área de saúde para trabalhar no Brasil.
"O Departamento de Estado também está tomando medidas para revogar vistos e impor restrições de visto a vários funcionários do governo brasileiro e ex-funcionários da OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde) cúmplices do esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano. O Mais Médicos foi um golpe diplomático inconcebível de 'missões médicas' estrangeiras", postou Rubio, sob aplausos do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) — que interagiu postando a seguinte mensagem: "Obrigado, secretário. O mundo livre conhece e apoia seu trabalho".
(...) O Ministério da Saúde reagiu à nova agressão. Segundo o ministro Alexandre Padilha, o Mais Médicos salva vidas e é aprovado pelo povo brasileiro. "O Mais Médicos, assim como o Pix, sobreviverá aos ataques injustificáveis de quem quer que seja. O programa salva vidas e é aprovado por quem mais importa: o povo brasileiro", publicou também no X.
Padilha afirmou que o Brasil não vai recuar e que não vai se curvar "a quem persegue as vacinas, os pesquisadores, a ciência e, agora, duas das pessoas fundamentais para o Mais Médicos" (...).
Esta não é a primeira vez que o Mais Médicos é alvo de críticas dos EUA (...). Criado em 2013, no governo Dilma Rousseff, o Mais Médicos surgiu como resposta à ausência de profissionais da saúde em regiões periféricas e municípios de difícil acesso, sobretudo nas áreas mais pobres do país. Com a mediação da OPAS, médicos cubanos foram contratados para atuar no Brasil, o que provocou resistências políticas e corporativas (...).
A participação dos cubanos no Mais Médicos foi encerrada em 2018, depois de declarações do então presidente Jair Bolsonaro levarem Havana a retirar seus profissionais do Brasil. Em 2023, o presidente Lula refundou o Mais Médicos e retomou a proposta de ampliar a cobertura do SUS nas regiões mais vulneráveis.”
Voltei. Então é isso aí. Velhas brigas retornam para ‘aquecer’ o ambiente, mas não conseguem nada. Tá.
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