Carne de frango e ovos são seguros para consumo, enfatiza governo
Urgência
José e Auta Gomes faz apelo dramático por doações

Reprodução - Também falta material de higiene e limpeza
A Fundação Geriátrica José e Auta Gomes precisa de ajuda: as doações, relatou a assistente social Karen Gonçalves, caíram "barbaramente". Falta leite, o que, para os idosos, é extremamente importante. "Não temos leite. Diariamente, são 49 litros de leite. Chega (por doação) uma, duas caixinhas, que a gente não consegue dar para todo mundo", contextualizou a profissional. "Estamos limitando o leite que chega para os idosos que precisam comer mingauzinho, que têm mais dificuldade para deglutir, se alimentar. São os que estão usando esse leite", acrescentou.
Ela ponderou que é claro que nenhum idoso vai "morrer de fome". Isso porque o Auta Gomes consegue disponibilizar uma boa alimentação na hora do almoço e do jantar. "Mas o café com leite está sacrificado no momento. A gente vai ter um café preto, um cházinho e da forma que dá", pontuou.
Além do leite, também são necessários lençóis de solteiro, toalhas de banho, calças de abrigo, material de limpeza e higiene, como shampoo, desodorante e aparelho de barbear. "A gente precisa de tudo que precisamos em uma casa. E aqui é mais complicado porque são para 50 pacientes comprometidos", ressalvou.
Karen mencionou que a receita da instituição não dá conta dos gastos. "Não tem condições. E está cada vez mais difícil, mais complicado. E a gente fica constrangido em pedir porque sabe que a população também não tem", disse, ao mencionar que muitos ainda questionam o que é feito com o dinheiro dos idosos.
"Não conseguem entender que o dinheiro dos idosos não dá nem para a metade, nem pro terço do gasto que é necessário com eles", revelou. "Em função de todo esse serviço especializado e de alta complexidade, um idoso com dependência três, que é a nossa realidade aqui, a per capita dele é R$ 2 853", justificou.
Acontece que, esclareceu, os idosos não pagam, às vezes, nem um salário mínimo. "Nem os R$ 1,2 mil, que é mínimo vigente e que é o valor do benefício de prestação continuada. Chegam aqui já com empréstimos contraídos anteriormente. E, se não fosse a Prefeitura nos injetar um pouquinho de dinheiro, já estaríamos fechados desde 2018", manifestou a assistente social. Ela comentou que o período é crítico. "Se continuar assim, não temos como levar adiante o serviço de forma alguma", asseverou.
"E, para completar, ainda tem toda essa questão - que é digna - dos profissionais de Saúde, que terão o aumento do piso. E nós e todas as instituições do país não temos como bancar", lembrou. Isso terá consequências sérias, como sustentou ela. "Obviamente que teremos diminuição de pessoal ou de idosos para que a gente possa sobreviver. Isso sabendo que a qualidade do serviço vai cair. A realidade do país é sombria", enfatizou.
Deixe seu comentário