A BiblioVan fica até as 18h30min na praça Silveira Martins, a do Coreto, neste sábado. Trata-se de uma van que foi adaptada para ser uma biblioteca itinerante. Além do empréstimo de livros, há também poemas recitados e apresentações de saxofone. Tudo feito por Pedro Marodin, escritor que idealizou o projeto. Também há alguns itens à venda.

A BiblioVan já passou por diversos municípios gaúchos, como Venâncio Aires, Lajeado, Nova Hartz, São Jerônimo e Vale Real. Mais recentemente, esteve em Candiota. Em recente reportagem do Folha, Marodin falou sobre o processo para transformar uma van em uma biblioteca, que garantiu que não foi dos mais fáceis. "Como foi por um edital (LAB), eu tinha prazos apertados. Só o serralheiro ficou 15 dias fazendo a rampa e o sobrepiso, mais uma semana pra construir e montar os armários/prateleiras e outra semana que fiquei higienizando os dois mil livros que tinha comprado naquelas duas semanas enquanto a van estava no serralheiro", detalhou.

Desde a inscrição do projeto até a homologação da prestação de contas se passou cerca de um ano e um mês para que a BiblioVan pudesse rodar pelo Rio Grande do Sul. Mas o prazo do projeto já encerrou e, agora, ele está por conta própria. Sem o auxílio do edital, Marodin encontra formas de manter o projeto ativo. E ele garante: é autossustentável. "Mas tá fluindo, tanto os livros que eu empresto e que não são devolvidos como os livros que eu estou vendendo (pra bancar meus custos de existir), eu tapo esses buracos nas prateleiras com as doações que a comunidade faz pro projeto, e assim é autossustentável, todos se sentem coadjuvantes da BiblioVan", garantiu.

Entenda 

O projeto da Bibliovan foi contemplado pela Lei Aldir Blanc, com realização dos governos Federal e Estadual através do Edital Aquisição de Bens e Materiais, realizado pela Secretaria Estadual da Cultura, em 2020. Foi assim que Marodin adquiriu os dois mil livros que fazem parte do acervo. São livros de literatura brasileira, estrangeira, infantil, juvenil, biografias, autoajuda, espiritualidade, nativismo, diversidade, arte e ecologia que estão disponíveis para leitura. 

A ideia, inicialmente, era passar apenas por cidades de pequeno porte, entretanto, Marodin expandiu o projeto. "O prazo ativo por lei (do edital que o projeto foi contemplado) já acabou em julho do ano passado, mas eu dei continuidade ao projeto, isto é, estou por conta agora própria, desde julho do ano passado", afirmou, em recente reportagem, antes de vir para a cidade.