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Saúde
Bagé teve redução de focos de Aedes Aegypti

Divulgação Vigilância em Saúde - Profissionais participaram de palestra sobre inovação no combate a dengue
O coordenador da Vigilância em Saúde, Geraldo Gomes, afirmou à reportagem que houve uma redução no número de focos de Aedes Aegypti na cidade. O trabalho de prevenção ao mosquito continua e a orientação é que a população seja um agente da Saúde, eliminando todo possível criatório (até uma casca de ovo). "A gente fica feliz porque Bagé é uma das poucas cidades com mais de 100 mil habitantes que não tem caso de dengue. Vamos seguir lutando, não podemos vacilar", alertou, ao enfatizar a importância da união e o esforço de todo no combate ao mosquito.
Ontem mesmo, em evento no Mato Grosso do Sul, a Saúde participou de uma palestra sobre o combate a dengue e novos produtos para isso. Vale mencionar que, no final do mês passado, os agentes de combate a endemias participaram de uma capacitação do Estado, que mobilizou sete municípios da região. O objetivo foi informar sobre a maneira correta de utilizar o fumacê (para matar mosquitos da dengue adultos) e as máquinas para aplicação de tal inseticida.
Recentemente, Gomes avaliou que a dengue foi um dos grandes desafios do primeiro semestre do ano. "Bagé já era considerado um município infestado. Porém, não tínhamos casos de dengue. Então, cabia a nós, em vigilância, permanecer nessa condição que nós estávamos e estamos", pontuou, em recente reportagem publicada, quando o coordenador enfatizou que o objetivo sempre foi barrar os possíveis casos, pessoas contaminadas. "Evitar que pessoas contaminadas viessem para o nosso município, fazendo campanhas para que isso não acontecesse e, ao mesmo tempo, intensificar mais o trabalho da Vigilância no combate ao mosquito da dengue", completou, na ocasião.
"E obtivemos êxito ", defendeu, ao comentar que um município de 13 mil habitantes chegou a marca de 700 casos confirmados da doença, enquanto Bagé, com mais de 120 mil, não teve nenhum, salvo os dois casos importados (um casal se contaminou em viagem para o Norte do Estado). Ontem, ele ainda comentou que até o final da semana deve sair o resultado de um novo Levantamento de Índice Rápido, que verifica a situação de 10% dos imóveis da cidade quanto a focos do mosquito.
Mobilização no Estado
Na terça-feira, o Estado divulgou que estratégias de reforço no combate ao Aedes Aegypti estão em planejamento para serem executadas em conjunto entre governo do Estado e municípios, com apoio da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). Até essa terça, o Rio Grande do Sul havia registrado 62 óbitos por dengue, e 449 municípios, do total de 497, são considerados infestados pelo mosquito transmissor. Desde 2015, na série histórica, o Estado havia registrado apenas cerca de um terço do número de óbitos ocorridos em decorrência da doença este ano.
Entre as estratégias que serão implementadas está o uso de novas tecnologias. Uma delas já é utilizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Amazônia, um larvicida colocado em pontos de maior proliferação do mosquito. De acordo com a divulgação do Piratini, está em tratativa a possibilidade de uma capacitação da Fiocruz aos agentes municipais, proporcionada pela Secretaria da Saúde (SES) e Famurs. Outra tecnologia é a borrifação de um inseticida dentro das residências. Essa estratégia e o insumo utilizado são inéditos no Brasil, conforme a divulgação, mas devidamente aprovados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e utilizado em outros países, como Colômbia. A terceira estratégia cogitada chama-se Ovitrampa, que são armadilhas que monitoram a presença do Aedes Aegyti em determinadas regiões.
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