Após quase dois anos de pandemia de coronavírus, em alguns aspectos, parece que há um regresso a mesma situação enfrentada nos primeiros meses da doença. Com o surgimento de uma nova variante capaz de se espalhar em uma velocidade muito maior, alguns espaços já estão adotando medidas de prevenção. É o caso dos asilos, que temem por uma nova contaminação em massa dos idosos.

Em Bagé, ao menos duas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILP) já adotaram algumas medidas de restrição. É o caso da Fundação Geriátrica José e Auta Gomes, que desde a última semana suspendeu as visitas. Vale lembrar que em 2020 e até em alguns meses do ano passado o asilo restringiu a visita dos familiares dos idosos. Durante meses eles não puderam ver os parentes. Depois, gradualmente, essas medidas foram se tornando mais brandas. A instituição chegou a ter um surto de coronavírus, causando grande preocupação entre familiares dos idosos e funcionários que trabalham no asilo.

A mesma medida foi adotada pela Vila Vicentina. A instituição, que chegou a perder algumas idosas vítimas da doença, agora restringe novamente as visitas como forma de precaução. "Estão suspensas as visitas, mesmo com distanciamento, como estavam sendo. Estão redobrados os cuidados, corpo de funcionários com cuidados 100%" garantiu Fabiana Bálsamo, psicóloga da instituição.

Antes, as visitas podiam ficam no pátio do asilo, enquanto as idosas ficavam nas janelas, mantendo apenas o contato visual com os familiares. Agora as coisas são um pouco diferentes e a restrição é total. "Proibida a entrada até que o médico voluntário responsável nos der outra conduta", explicou Fabiana.

Ômicron

Uma pesquisa conduzida por cientistas dos Estados Unidos indica que idosos infectados pela variante Ômicron também podem desenvolver quadros menos graves da doença em comparação com infecções pela variante Delta. 

Os dados demonstraram que os casos registrados durante o período de predomínio da Ômicron tiveram desdobramentos menos graves do que aqueles que ocorreram durante o período em que a Delta prevalecia. 

A pesquisa não esclarece, entretanto, se esse menor risco se deve às características da variante ou se está relacionado à vacinação.

O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta quinta-feira que a variante ômicron pode ser menos grave, mas não deve ser classificada como "leve".

Durante uma entrevista coletiva, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, também repetiu seu apelo por uma maior equidade global na distribuição e acesso às vacinas contra o coronavírus.

Ele alertou que, com base na taxa atual de distribuição de vacinas, 109 países não cumprirão a meta da OMS de que 70% da população mundial seja totalmente vacinada até julho. Esse objetivo é visto como uma ajuda fundamental para encerrar a fase aguda da pandemia.