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Saúde
Pneumologista alerta sobre cuidados nas temperaturas extremas

Niela Bittencourt - Cuidados devem ser redobrados, sobretudo com grupos mais vulneráveis
Com a chegada do frio extremo, o cuidado com as pessoas mais suscetíveis como idosos e crianças devem ser redobrados. Além de garantir que fiquem em ambientes aquecidos, porém com ventilação, a pneumologista Flávia Marzola indica que se deve evitar aglomerações e aumentar a hidratação.
“As pessoas mais suscetíveis são as menores de 2 anos, principalmente, e as mais idosas, acima de 60, 65 anos, porque as crianças ainda não têm imunidade bem desenvolvida, e os idosos geralmente já têm patologias associadas” explica.
Quanto ao cuidado para drenar secreções, a pneumologista indica que se deve lavar as vias aéreas por meio de hidratação, e evitar que se fume no mesmo local que essas pessoas. Outro cuidado é quanto ao uso de roupas adequadas.
“Não se deve ficar com roupa demais num lugar aquecido. E, quando sair de um lugar aquecido para um outro que está mais frio, colocar um agasalho extra. Quando sair para rua, que coloque agasalho extra”, adverte.
Dentro de casa, a hidratação, alimentação e o sono também são parte da melhoria das condições.
Flávia também chama atenção para a carteira de vacinação, tanto de idosos quanto das crianças. “Existem muitas patologias, como a coqueluche, que tem vacina, vírus inciscial, vírus respiratórios, influenza, que se pode reduzir a gravidade mediante uma imunização adequada”, diz.
O cigarro deve ser evitado pelos danos à saúde tanto do fumante quanto das pessoas a sua volta. “É comprovado que as infecções respiratórias aumentam muito quando uma pessoa fuma na casa. Quando é uma pessoa [aumenta] em torno de 25% e quando duas, em torno de 50%. Então esse é o outro fator importante que se deve cuidar”, detalha.
Deve-se tomar precauções para não esquecer e nem reduzir a medicação de uso contínuo de pacientes que têm patologias. “Outro fator importante é manter a sua medicação de uso contínuo, não reduzir, não esquecer, ter maior atenção, porque pacientes que têm patologias crônicas respiratórias, que têm doenças neurológicas, pacientes que têm doenças cardíacas, o frio piora as condições”, sustenta.
“Essas pessoas têm que ter maior cuidado ainda em se manterem aquecidos e se manterem com a sua medicação na dose adequada. A gente sabe que uma infecção respiratória reduz muito a qualidade de vida, então é muito importante que se evite ficar exposto tanto à variação da temperatura quanto a temperatura extrema”, alerta Flávia.
Quanto as pessoas acamadas, a pneumologista chama a atenção para o acúmulo de secreção nas vias aéreas, principalmente nas inferiores, no pulmão, por conta da falta de movimentação ou de ficarem sempre na mesma posição.
“Essas pessoas necessitam, muitas vezes, de uma fisioterapia respiratória para conseguir drenar uma boa hidratação, lavar a via aérea também, umidificar nariz com soro fisiológico, tanto idosos quanto crianças, porque o próprio uso de fontes externas de calor, como lareira, ar-condicionado, estufa, resseca o ambiente. Então é importante hidratação e lavagem nasal. São fatores que podem melhorar a condição de uma época que é tão difícil”, conclui.
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