Estatística
Cartórios gaúchos têm redução de óbitos em idosos

Thais Nunes imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Outras faixas etárias passaram a ser atingidas
O Rio Grande do Sul, em março, registrou o maior índice de mortes no Estado e, em abril, já supera o número de nascimentos. Isso é o que apontam os dados de óbitos contabilizados pelos Cartórios de Registro Civil do País, que mostram uma redução de 61% nas mortes de pessoas entre 90 e 99 anos; de 63% entre aquelas de 80 a 89 anos; e de 3% entre os que possuem entre 70 e 79 anos, na comparação entre a média de óbitos destes grupos desde o início da pandemia e os primeiros 15 dias do mês de abril deste ano.
Os idosos da faixa etária entre 90 e 99 anos representavam, em média, 6,6% do total de mortos pela covid-19 desde o início da pandemia. Em março, já com os primeiros reflexos da vacinação para esta idade, passaram a representar 3,5% dos óbitos e, nos primeiros dias de abril, 2,5% do total de falecimentos. A faixa entre 80 e 89 anos passou de uma média de 24,7% do total de mortos para 15,2% em março e para 9,1% em abril. Já os óbitos entre a população de 70 a 79 anos, que em muitos estados acabou de receber a 2ª dose da vacina, passou de uma média 25,4% do total de óbitos para 24,6% em abril, dando início a uma redução.Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil. b
Jovens estão morrendo
Se no começo da pandemia, a faixa etária de pessoas com idades entre 60 e 89 anos eram aquelas que proporcionalmente mais vinham a óbito causado pelo novo coronavírus no Rio Grande do Sul, este cenário começa a se alterar, com o aumento proporcional de mortes entre pessoas de faixa etária mais jovem, que vão dos 20 aos 59 anos. A mudança teve início em fevereiro, com aumento em março, que se mantém nos primeiros dias de abril.
Os óbitos de pessoas com idades entre 20 e 29 anos, que até o mês de março representavam, em média, 1% dos falecimentos por covid, passaram a ser quase 1,2% em abril, o que representa um crescimento de 77% no número de mortes nesta faixa etária em relação à média do período. Já a quantidade de óbitos de pessoas entre 30 e 39 anos, que representavam, em média, 3% das mortes, subiram em abril para 4,2%, crescimento de 38% no número de mortes por covid-19.
A faixa de pessoas entre 40 e 49 anos é a mais afetada pelo aumento no número de falecimentos causados pela nova fase da pandemia. Até janeiro de 2021, representavam 4,9% dos óbitos causados pela doença. Em fevereiro passaram a representar 7,2%, em março 8,6% e, nos primeiros dias de abril, já representam 10,5% do total de mortos pela doença no RS. Em relação à média de óbitos desde o início da pandemia, esta faixa etária, que representava 5% dos óbitos, deu um salto, com aumento de 97% do número de mortes nos primeiros dias de abril em relação à média.
Também bastante afetada pela covid-19 nesta 2ª onda da pandemia, a população com idade entre 50 e 59 anos representava, em média, 10% do total de mortes pelo novo coronavírus no primeiro ano completo da pandemia. Em fevereiro passou a representar 10,8%, em março passou para 15,3% e, nos primeiros dias de abril, representava 18,3% do total de mortos por covid-19, um aumento de 76% no número de mortes pela doença.
Em Bagé o cenário se repete, com o aumento da média móvel diária de mortes a partir do início de abril. Até então, a média não ultrapassava um óbito; agora, atingiu a marca de três.
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