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Economia

Aciba avalia impacto do número reduzido de feriados

Niela Bittencourt -

O ano de 2022 terá menos feriados nacionais em dias úteis. E isso deve impactar um dos setores mais castigados pela pandemia de coronavírus, o comércio. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Bagé, Ricardo Souza, questionado sobre se isso é positivo, enfatizou: "Ter menos feriados em dias úteis é muito significativo para o comércio, principalmente para o comércio varejista, que emprega muito". Ele explicou que, quando há muitos feriados em dias úteis, isso impacta a folha de pagamento. "Porque o colaborador está recebendo e não está produzindo", justificou. "Isso cria um impacto grande no custo da folha de pagamento", completou.

Ao mesmo tempo, se para o turismo os feriados prolongados são positivos, já que tornam maior a demanda por viagens, para o comércio há redução na circulação de consumidores na cidade, o que faz com que haja menos compras. "Para nossa cidade, eles não trazem benefícios, porque, não havendo a movimentação de consumidores, logicamente que isso reduz muito a compra, principalmente aquela compra eh por impulso", argumentou. "Sabendo que nós vamos ter poucos feriados em dias úteis, logicamente o comércio comemora, porque isso trará um impacto menor nos custos mensais das empresas", reiterou

Ele ressalvou que esses dois pontos são bastante relevantes. "Isso é muito significativo e é ainda mais nesse processo inflacionário, com toda a dificuldade de venda, e ainda atravessando uma pandemia. Então, é uma notícia que é importante para o setor, principalmente para o comércio varejista", pontuou. Vale mencionar que, de acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, em 2021 o comércio varejista sofreu um prejuízo de R$ 22,11 bilhões, enquanto em 2022 a previsão é que as perdas sejam 22% menores (R$ 17,25 bilhões).

Em 2021, com exceção do Dia do Trabalhador e o Natal (ambos celebrados em sábados, dia de expediente reduzido no varejo), os demais feriados nacionais ocorreram em dias úteis para o comércio, o que impactou a rentabilidade do setor. Em 2022, as duas datas cairão em domingos. Vale lembrar que o Dia da Confraternização Universal foi celebrado no último sábado, reduzindo a sete o número de feriados em dias úteis.


Turismo e mercados

Por outro lado, a pesquisa salienta que feriados favorecem atividades econômicas específicas, como as turísticas, por exemplo. Ainda de acordo com a pesquisa, os ramos de atividade em que a relação entre folha de pagamento e faturamento se mostra mais elevada tendem a sofrer os maiores impactos. A estimativa é que, juntos, os segmentos de hiper e supermercados (R$ 3,33 bilhões); de vestuário e calçados (R$ 2,83 bilhões) e o comércio automotivo (R$ 2,63 bilhões), que concentram 55% das folhas de pagamento do comércio varejista brasileiro, respondam por mais da metade (51%) das perdas.


Quais são

O calendário conta com nove feriados nacionais:


Dia da Confraternização Universal (1º de janeiro, que caiu em um sábado);

Paixão de Cristo (Sexta-feira Santa);

Tiradentes (21 de abril, que será uma quinta-feira);

Dia do Trabalhador (1º de maio, que será um domingo);

Independência do Brasil (7 de setembro, uma quarta-feira);

Nossa Senhora Aparecida (12 de outubro, uma quarta-feira);

Dia de Finados (2 de novembro, também uma quarta-feira);

Proclamação da República (15 de novembro, uma terça-feira);

Natal (25 de dezembro, um domingo).


Facultativos

Carnaval e Corpus Christi são considerados dias de ponto facultativo.


Municipais

Dia de São Sebastião (20 de janeiro, uma quinta-feira);

Nossa Senhora Auxiliadora (24 de maio, uma terça-feira).



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