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Programa Sinuelo da Tradição está há 47 anos no ar

Luciano Madeira - Atração atualmente é apresentada na Rádio Clube

Ao longo da história, o rádio se tornou um grande companheiro, principalmente para quem é deficiente visual, para quem está hospitalizado, para quem mora na campanha e, sobretudo, para quem gosta de ouvir uma boa programação, seja informativa ou musical.   

Em Bagé, dois programas de rádio são longevos: o tradicional Visão Geral, apresentado de forma ininterrupta pelo radialista Edgar Muza, e o programa Sinuelo da Tradição, que está no ar há 47 anos, sempre apresentado aos domingos pelo radialista Mario Medina.   

Em uma conversa descontraída com o Folha do Sul, Mario Medina Pereira, de 75 anos, hoje aposentado do Ministério da Agricultura, relatou que sua entrada no rádio foi por acaso. Certa vez, esteve na Rádio Cultura para divulgar um evento do CTG Prenda Minha, no programa do saudoso Anadan Dourado, que ia ao ar aos domingos de manhã.   

Medina disse que, no domingo seguinte, foi convidado por Dourado para fazer a programação musical do programa e também recebeu o convite para integrá-lo, permanecendo por três anos.   

"Depois, fui convidado pelo Vacionir Lopes, que era o gerente da Cultura, para apresentar o programa que ia ao ar também aos domingos, a partir das 13h. Ele era apresentado pelo professor Roberto Ribeiro, até que, em dois domingos, teve o clássico Ba-Gua e o programa foi ao ar às 18h", detalhou.   

"Eu cheguei para o Vacionir e disse: ‘Vamos trocar o horário do programa’. Ele me olhou e perguntou para qual horário, e eu disse: ‘Às 18h’. Foi então que comecei a apresentar o Sinuelo da Tradição das 18h às 21h e, com o passar do tempo, o programa se estendeu até a meia-noite", acrescentou.   

Mario Medina relembra que, por muitos anos, foi responsável pelas coberturas da Semana Crioula e dos bailes, tanto nos CTGs como em clubes sociais de Bagé.   

O Sinuelo da Tradição foi apresentado de 1977 até o fechamento da emissora, em 2023. "Depois, o programa seguiu na Nossa Rádio e, quando fechou, fui convidado pelo Flavio Silveira, diretor da Rádio Clube, para levar o programa para lá, e já fechamos mais de um ano na Clube", mencionou.   

Mario Medina também foi empresário e, ao lado do amigo e sócio Cleber Farias, fundou o Bailão Querência, que funcionou por 21 anos. Além de grupos de Bagé, bandas de fora da cidade se apresentaram no Querência.   

Ao ser questionado sobre a programação musical — afinal, são seis horas de programa —, Medina disse que, durante a semana, em casa, pega a tradicional máquina de escrever e prepara a programação com apenas músicas gaúchescas e fandangueiras. "O meu programa é especialmente para quem gosta da boa música gaúcha, principalmente o homem do campo", justificou,  

Mario Medina disse que não se considera radialista: "Eu sou apresentador de programa". E, hoje, com o modernismo, ele brinca ao se referir à internet. "O programa recebe ligações de várias cidades gaúchas e de outros Estados, como São Paulo, Mato Grosso e Paraná, além de cidades uruguaias, como, por exemplo, Paso de la Puente", afirmou. 

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