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Sentença

Crime passional resulta em 16 anos de condenação

Luciano Madeira imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Elinton Scoto de Lima

Elinton Scoto de Lima, 22 anos, foi condenado a 16 anos e três meses de prisão em regime fechado e sem o direito de recorrer em liberdade, visto que ele esperou o julgamento preso. Lima foi condenado pelo assassinato de Henrique de Oliveira Birgheuer, de 22 anos. O crime, segundo a sentença, foi motivado por desavença entre os dois por causa de uma mulher.

O fato aconteceu no dia 26 de abril do ano passado, em Dario Lassance, Candiota. Birgheuer foi morto com quatro tiros.

Mãe da vítima, Beatriz de Oliveira prestou depoimento como informante. Ela relatou que o filho morava em uma casa com Lima e que, naquela noite, ouviu cinco tiros. Como não sabia onde tinha ocorrido os disparos, foi dormir.

Segundo ele, minutos depois, uma mulher foi até a sua casa e começou a chamá-la. "Quando eu abri a porta, a mulher, que era conhecida, disse que eu tinha que ir até a casa do Henrique porque tinha acontecido algo com ele. Fui eu e o meu marido e, quando cheguei lá, o meu filho estava caído de bruços em cima de um colchão, do lado de fora da casa".

Beatriz disse que o filho estava vivo e foi socorrido por uma ambulância do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu). Ele não resistiu e chegou sem vida no hospital de Candiota. "Eu sabia que o meu filho e o réu eram usuários de drogas, mas não posso afirmar que eles vendiam também", falou.

Sovaco de Cobra

Um policial civil que trabalha na Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) contou que foi deslocado para Candiota para apoiar nas investigações. Ele relatou que o local onde ocorreu o crime é conhecido como Sovaco da Cobra por ser um ponto de venda de drogas. Revelou que tanto o réu como a vítima eram traficantes e pertenciam a fação criminosa "Os Manos".

Segundo o profissional, após agentes ouvirem algumas pessoas, o delegado pediu a prisão preventiva do réu, que estava escondido na casa dos seus avós, em Hulha Negra. No dia da prisão, Lima planejava fugir para Rio Grande.

Condenado nega

Durante o interrogatório, o réu negou ter matado Birgheuer. Além disso, negou que tenha ocorrido desavença por causa da relação dos dois com uma mulher.

Alegou que ambos chegaram em casa passado da meia-noite e que ele foi para o quarto, que ouviu alguém bater na porta e, quando Birgheuer abriu, levou quatro tiros. "Quando eu escutei os tiros, eu fiquei assustado. Abri a janela do meu quarto e fugi, depois esperei alguns minutos, voltei na casa e vi ele morto. Peguei a motocicleta e fugi novamente", relatou.

Ao ser questionado pelo representante do Ministério Público o motivo pelo qual fugiu, o réu respondeu que ficou com muito medo porque quem matou Oliveira poderia vir atrás dele e tentar matá-lo também.


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