Às vésperas do Dia das Mães, o movimento no comércio chamava a atenção de quem percorria a principal avenida da cidade, a Sete de Setembro. Destaque sobretudo para a oferta de alguns itens nas calçadas, em frente as lojas. Nesse caso, os principais produtos ofertados eram eletrodomésticos, como lavadoras de roupas, fogões, além de colchões e sofás. Mas esses não são os itens que devem ter maior demanda: ocorre que a Fecomércio apontou que os consumidores gaúchos preferem itens de vestuário e perfumes/cosméticos na hora de presentear as mamães. Flores e calçados aparecem na sequência.

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Bagé, Eduardo Soares, questionado sobre o movimento dessa semana - considerada determinante para o comércio -, garantiu: "É positiva. Esse ano devemos ter um crescimento de 3,6% aqui no RS, segundo a pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo". Ele também revelou que a Aciba fez uma levantamento, nessa sexta-feira, com alguns associados. "Nós percebemos que, dependendo do segmento, há um impacto diferente", ressalvou, ao mencionar que cerca de 60% apontou ter percebido um movimento maior nas lojas.

"Principalmente agora entre essa sexta-feira e sábado, que é véspera", pontuou, ao falar sobre a expectativa de uma demanda maior por parte dos consumidores. “Uma intensidade, maior procura de presentes para o Dia das Mães", definiu. "De uma forma geral, a maioria percebe que, sim, está com movimento melhor e que aumentou as vendas", argumentou. Mas ele abordou um vilão nesse momento tão importante, o endividamento. "É claro que nós sabemos que o endividamento é muito grande no Brasil e isso impacta bastante, principalmente a compra de produtos com valor agregado maior. Os valores menores acabam sendo mais procurados nesse momento no comércio", sustentou.