Júri
Réus são condenados pelo assassinato de Carequinha

Luciano Madeira imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Júri aconteceu nesta quinta-feira
Nessa quinta-feira, aconteceu o julgamento de Anselmo da Silva Alves de Júnior, 24 anos, e Daniel Jardim Rodrigues, 28 anos. Ambos foram para o banco dos réus pelo assassinato de João Pedro Costa Amaral - conhecido por Carequinha. O crime aconteceu no dia 24 de setembro de 2017, na Travessa 12 do bairro Balança. Carequinha foi morto a tiros.
No dia do fato, duas mulheres testemunharam crime. Elas disseram para a polícia que tinham visto, no local do assassinato, Anselmo e Daniel atirando em Carequinha e que depois ambos fugiram.
Daniel foi condenado a 17 anos e seis meses de prisão em regime fechado e Anselmo a 12 anos e seis meses em regime fechado.
Testemunha desaparece
A defensora pública que estava defendendo Anselmo Alves Júnior tinha arrolado uma testemunha para depor a favor dele. Ocorre que a testemunha estava no fórum e foi embora antes. A juíza perguntou para a defensora se ela fazia questão do depoimento e ela respondeu que sim. A sessão foi interrompida por aproximadamente 40 minutos para tentar localizar essa pessoa. Como ela não foi localizada, os trabalhos foram reiniciados.
Depoimentos
O primeiro a depor foi Daniel Rodrigues. Ele alegou que, no dia do crime, estava em uma festa e não teve participação no assassinato. "Quem matou foi o meu irmão com a ajuda do Anselmo", entregou. Ele revelou o nome do irmão, que se chama Valdir.
Quando foi depor, Anselmo da Silva Alves Júnior disse que, naquela noite, ele tinha ido até uma venda (bar/armazém) e passou na frente da casa de Valdir, que lhe pediu uma carona até a Balança. Júnior disse que deu a carona e que Valdir desceu da morto, atravessou um campo e foi em direção a casa da vítima, onde efetuou os disparos. Depois, voltou correndo e dizendo para ambos saírem de lá. "Nós fomos até um local conhecido como pedreira e lá eu perguntei por que ele tinha feito aquilo. Ele jogou a arma fora e eu atirei a moto em um barranco". Ao ser perguntado por que ele tinha dado depoimento diferente na polícia e no julgamento a versão foi outra, Júnior respondeu que a verdade era a que ele estava falando ontem no júri.
No início da tarde, a testemunha que não tinha sido localizada foi levada por um oficial de Justiça até o tribunal. O homem localizado era Valdir, o irmão de Daniel Jardim Rodrigues. A magistrada disse que ele seria ouvido como informante e não como testemunha, pelo fato de ser irmão do réu e portanto ficava sem o compromisso de dizer a verdade.
Valdir Jardim Rodrigues contou que estava na casa da sua irmã quando pediu a carona de moto para Anselmo Júnior até o bairro Balança. Quando ele chegou no local, pediu para o outro esperar e foi até a casa da vítima. Relatou que, quando a vítima abriu a porta, ela levou a mão na cintura. "Eu não sabia que ele estava armado. Eu estava com um revólver e comecei a puxar o gatilho e dei vários tiros nele", confessou.
Valdir alegou que tinha raiva da vítima porque ela teria colocado fogo na casa dele e matado seus cachorros. "Eles (cães) eram iguais uns filhos pra mim, por isso matei ele. Não acho justo o meu irmão tá aqui hoje acusado de uma coisa que não fez e era isso que eu tinha pra falar e não vou responder mais nada", vociferou.
Por fim, o entendimento é de que Valdir estava mentindo para defender o irmão, que foi quem matou. E Anselmo por ter participação no crime por ter levado Daniel até o local.
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