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Escritores bageenses opinam sobre reforço nos acervos das bibliotecas

Reprodução imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Cada uma das seis mil bibliotecas públicas receberá 800 obras

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou decreto que regulamenta a Política Nacional de Leitura e Escrita durante a abertura da 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. A regulamentação permitirá a criação de um novo Plano Nacional de Livro e Leitura, que não está em vigor desde a sua idealização em 2011. Tal plano prevê uma série de ações para promover a valorização do livro e da leitura em todo o país. 


Como parte da implementação do PNLE, cada uma das seis mil bibliotecas públicas do Brasil receberá um acervo inicial de 800 obras literárias, e os novos conjuntos habitacionais do Minha Casa, Minha Vida terão bibliotecas com 500 livros para as famílias. 


Além da assinatura do decreto, o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou a autorização de um novo edital do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) Equidade e uma suplementação de R$ 50 milhões para a compra de acervos literários do PNLD Educação Infantil. As medidas, em síntese, objetivam ampliar o investimento em Educação e Cultura, "com o objetivo de transformar a vida das crianças e suas famílias", como justificou o governo. 


Escritores bageenses opinaram sobre essa novidade, entre eles, o patrono da Feira do Livro da Rainha da Fronteira deste ano, Rodrigo Tavares. Ele expressou otimismo cauteloso, afirmando que, embora a notícia seja positiva, é preciso aguardar a chegada dos livros e repensar a relação dos brasileiros com a leitura. "Essa é realmente uma notícia boa. Nossas bibliotecas públicas estão vivendo apenas de doações de particulares, praticamente desde a redemocratização. Porém, vejo esses anúncios em época de eleição com cautela", sustentou.  


"Vamos esperar os livros chegarem para comemorar de verdade", acrescentou, ao reiterar: "Além da distribuição de livros, precisamos repensar a relação dos estudantes e dos brasileiros em geral com a leitura". Por outro lado, a escritora Gladis Deble, que foi patrona da 18ª Feira do Livro de Bagé, comemorou a iniciativa, destacando que qualquer esforço para aumentar os acervos e promover o acesso aos livros é benéfico e necessário para o país.  


A escritora enfatizou a importância de valorizar e disseminar a literatura nacional. "Tudo que vier para somar e tirar o povo da ignorância nos engrandece, e esses incentivos nos tornam melhores", disse. "Eu sempre aplaudo essas bibliotecas e fico feliz com esses anúncios. O Brasil merece aumentar os acervos e tornar as obras dos escritores conhecidas", afirmou. 


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