Especial
Cinco livros com personagens femininas fortes

Histórias com protagonistas inspiradoras são perfeitas para celebrar no Dia Internacional da Mulher.
Neste 8 de março, é preciso lembrar da luta, que é diária, e da conquista de direitos sociais e econômicos.
Neste clássicos da literatura, estão personagens mulheres que são protagonistas da própria história. O destaque é para as obras da autora Louise May Alcott.
Mulherzinhas
No auge da Guerra Civil Americana, o senhor March se junta às frentes de batalha. Em casa, suas filhas têm de conviver com as dificuldades econômicas e a busca pela realização de seus sonhos. Meg almeja um bom casamento. Beth quer apenas ajudar os pais nos cuidados do lar. Amy, a mais jovem, sonha com riqueza e status, enquanto a impulsiva Jo deseja ser escritora ? em uma versão semibiográfica da própria autora Louise May Alcott.
Carmilla - a vampira de Karnenstein
Trata-se de um clássico: o autor Joseph Sheridan Le Fanu deu vida à primeira vampira lésbica da literatura. Carmilla mostra o desejo entre duas mulheres e é considerada uma obra revolucionária ao colocar um casal lésbico e, ainda com afetividade, não apenas como objeto de desejo sexual dos homens. Esse conto antecedeu e também influenciou a obra Drácula de Bram Stoker.
Razão e Sensibilidade
Após a morte do pai, as irmãs Dashwoods são obrigadas a se mudar para uma casa simples e distante. Elinor, a racional e lógica, e Marianne, sensível e romântica, têm de lidar com expectativas injustas de felicidade por não possuir fortuna e não ter bons relacionamentos na sociedade. Suas atitudes opostas diante da vida serão colocadas à prova em um mundo regido pelo dinheiro e pelo interesse.
Orgulho & Preconceito
Os Bennets é uma família nobre, porém sem dinheiro, composta pelo pai, pela mãe e por cinco moças, todas em idade de se casar e nenhuma com direito a herdar a propriedade da família. Para assegurar o futuro delas, é preciso encontrar pretendentes de boa posição - uma busca que atormenta a senhora Bennet e, consequentemente, a família toda.
Persuasão
A senhorita Elliot, filha de um importante - porém falido - baronete, de repente se vê obrigada a conviver com um amor do passado. Anos antes, Anne aceitara se casar com Frederick Wentworth; contudo, por ele não ser rico nem influente, ela foi persuadida pela família a romper o noivado. Agora, Wentworth retorna à cidade com um título de oficial da marinha, bastante dinheiro e o objetivo de se casar.
Bônus: personagens da vida real
Mulheres que revolucionaram o Brasil
Dandara foi uma guerreira fundamental para o Quilombo dos Palmares. Niède Guidon descobriu os registros rupestres mais importantes do território brasileiro. Indianara Siqueira é uma das lideranças mais atuantes da comunidade trans. Essas e muitas outras brasileiras impactaram a história e, indiretamente, a vida de todos, mas raramente aparecem nos livros.
Tal obra, resultado de uma extensa pesquisa, busca garantir o reconhecimento que elas merecem. No livro, o leitor vai encontrar perfis de revolucionárias de etnias e regiões variadas, que viveram desde o século XVI até a atualidade, e conhecer os retratos de cada uma delas, feitos por artistas brasileiras. "O que todas essas mulheres têm em comum? A força extraordinária para lutar por seus ideais e transformar o Brasil", destacou a editora responsável pela publicação, a Seguinte.
Quem tem medo do feminismo negro?
O livro reúne um longo ensaio autobiográfico inédito e uma seleção de artigos publicados por Djamila Ribeiro no blog da revista Carta Capital , entre 2014 e 2017. No texto de abertura, a filósofa e militante recupera memórias de seus anos de infância e adolescência para discutir o que chama de "silenciamento", processo de apagamento da personalidade por que passou e que é um dos muitos resultados perniciosos da discriminação.
Muitos textos reagem a situações do cotidiano - o aumento da intolerância às religiões de matriz africana; os ataques a celebridades como Maju ou Serena Williams - a partir das quais Djamila destrincha conceitos como empoderamento feminino ou interseccionalidade. Ela também aborda temas como os limites da mobilização nas redes sociais, as políticas de cotas raciais e as origens do feminismo negro nos Estados Unidos e no Brasil, além de discutir a obra de autoras de referência para o feminismo, como Simone de Beauvoir.
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