AINDA NÃO TINHA ENCONTRADO TEMPO PARA FAZER ANÁLISE DA CAMPANHA DO GUARANY

Que concluía a etapa com muito brio na quinta-feira, 13. Hoje, domingo, dia 16, encontrei tempo para tal. Não vou ocupar muito espaço com a análise porque aconteceram alguns fatos que já vinham se repetindo há um bom tempo. E nunca deixei de apontar o que via. Vamos a eles.
Em primeiro lugar, o Athletico Paranaense é diferenciado em muitos aspectos dos demais adversários já enfrentados pela equipe alvirrubra. Tem estrutura, a começar pelo estádio construído para o Mundial no Brasil. Diretoria profissional e bem focada, a partir do momento em que recebeu o adversário. Atendimento à imprensa, modelo para quem conhece muitos estádios na América do Sul.
Na parte esportiva, já ganhou campeonato sul-americano, Copa do Brasil e outros tantos títulos, de menor importância talvez, mas que serviram de experiência para o momento atual. Então, eu, como tantos outros, levávamos a esperança de que o Guarani pudesse superar esses fortes obstáculos.
Mas atenção: a falta de acompanhamento de seus companheiros de ataque e, às vezes, de meia cancha, quando alguém estava com a bola dominada, esperando sua aproximação para o passe, acabou não acontecendo. Foi desarmado pela defesa atleticana.
Um detalhe importante: mesmo que o Guarany tivesse marcado os dois gols, creio que o Athletico teria tido força para igualar o marcador, porque sua torcida o levaria ao ataque. Isso ficou provado quando o Guarany fez seu gol, que acabou abalando, em parte, a superioridade da equipe paranaense — temporariamente. Após isso, a torcida se fez presente e levou o time ao terceiro gol.
Então, conclusão: ganhou o melhor, mas sua superioridade não chegou a abalar a direção do Guarany, que se conformou com o resultado, levantando a cabeça, e está pronta para outro desafio: Campeonato Brasileiro, Série D. Deve começar no final de março, início de abril. Ou seja, tem bom tempo para recuperar a equipe. Tem um bom tempo para corrigir algum possível erro cometido na etapa inicial. É só continuar encarando os adversários que terá pela frente, corrigir algum erro de posicionamento e partir para a vitória.
E que a torcida apoie, como o Athletico foi apoiado pela torcida paranaense, tá? O importante é que o Guarany continua na primeira divisão do Campeonato Gaúcho. Tem tempo de conquistar outra vez um acesso à Copa do Brasil, que rende bons ‘pilas’.
NÃO CONTANDO, PARECE MENTIRA – FRASE DE LUIZ KALIL
Pois aproveitei que, no dia 15 de março, aconteceu, finalmente, o retorno da democracia no Brasil. A pergunta que nunca cala é: o que mudou em 40 anos? Pouca coisa, mas é importante saber quem manda mais: o governo eleito pelo povo ou algumas instituições sem voto direto?
Parece que a autoridade maior está nos ombros da Justiça. E um nome desponta: Alexandre de Moraes. Nomeado pelos presidentes da República, a Suprema Corte tem sido a que mais determina que os fatos aconteçam.
Democracia plena é quando os poderes se respeitam e cada um tem sua área de abrangência. São três os poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Tanto quanto Lula sofreu nas mãos do Supremo, como quem está na mira da Suprema Corte.
Não há, para alguns juristas, respeito à Constituição. Então, nós vivemos uma democracia? Para mim, ‘incipiente’, e vamos levando, empurrados pela ‘barriga’. Por isso, abri a coluna de hoje lembrando o livro de Luiz Kalil: Contando, parece mentira. Vivemos em democracia ou não?
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