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Crise

Lideranças pressionam por subsídios aos produtores de leite

Divulgação/SLR imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Um dos protestos foi realizado na ponte de Jaguarão

Depois de protestos realizados em pontes que ligam o Brasil a Argentina e o Uruguai, além de inúmeras reuniões com representantes do governo federal, produtores de leite aumentam a pressão por garantias, nesta semana, em Brasília. Lideranças buscam respostas imediatas para as demandas do setor, que até então não foram atendidas em sua totalidade. 

O Folha do Sul conversou com o vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), Eugênio Edevino Zanetti, sobre os pleitos da categoria e a crise que os produtores da cadeia leiteira enfrentam. 

Zanetti lembrou que, desde março, a Fetag vem alertando o governo federal para a questão das importações de leite em pó. Ele enfatizou que estava entrando um volume alto do produto da Argentina e do Uruguai. O dirigente da federação comentou que estará em Brasília uma boa representação do Rio Grande do Sul, pedindo que haja subsídio direto para o produtor, a exemplo do que a Argentina fez para os seus produtores. 

“Não tem como o Brasil competir com a Argentina e o Uruguai diante das condições, o alto custo de produção e a falta de incentivo do governo federal”, alertou Zanetti. O vice-presidente da Fetag salienoua que a cadeia leiteira vem enfrentando problemas seríssimos desde 2015. Com base em relatório sócioeconômico da Emater, Zanetti informou que, em 2015, eram 84 mil famílias produtoras de leite e, agora, são apenas 33 mil famílias. “Mais de 60% das famílias desistiram da atividade do leite. Isso faz com que o agricultor perca a esperança em continuar produzindo. Essa atividade que é importante e que é a subsistência das famílias”, pontuou o dirigente. 


Necessidades 

Zanetti mencionou que foram tomadas algumas medidas, como a compra de leite em pó pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o que ele considera importante, porém sem efeito prático para atender as demandas do setor. Segundo ele, os R$ 100 milhões anunciados pela Conab comprar 1,8 mil toneladas de leite, mas, só em junho, entraram 20 mil toneladas no Brasil. “Então é muito pouco”, afirmou. 

Além disso, segundo o dirigente, foram retomadas as tarifas e há cerca de 20 dias foi anunciado a retomada do programa Mais Leite Saudável – só que vai ter efeito prático a partir de fevereiro do ano que vem.  “Nesse momento, não tem alento para o produtor de leite”, lamentou. 

 


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